terça-feira, 12 de maio de 2009

Comando Geral da PMSC exclui Sgt Souza por participar de movimento reinvidicatório

A Assembléia Legislativa aprovou indicação da Bancada do PP que solicita ao governador do Estado rever ato de exclusão do segundo-sargento Luciano Luiz de Souza. De acordo com a argumentação dos deputados, o movimento reivindicatório dos praças, realizado em dezembro de 2008, não se tratou de atitude contra o Estado, mas de cobrança de “justa reivindicação” – a integralização da Lei 254. A proposição, aprovada na sessão de 12 de maio, também recebeu as assinaturas da bancada do PT e do deputado Sargento Amauri Soares, líder da bancada do PDT.


A indicação salienta ainda que o processo decorrido no Conselho de Disciplina julgou, por unanimidade, pela permanência do sargento Souza, e a decisão de exclusão do militar partiu exclusivamente do comandante geral da Polícia, coronel Eliésio Rodrigues. Segundo Soares, o militar foi excluído sem nenhum indício ou prova concreta de participação criminosa nos eventos de dezembro passado.

O deputado Soares acusou, em plenário, que a medida do comando da PM é de “caráter político”, já que todos os levantamentos processuais não apresentaram provas que pudessem levar a exclusão. “Essa atitude pretensamente administrativa é eivada de decisão política e o governador do Estado tem a principal responsabilidade”, afirmou.

Soares destacou ainda que o governador Luiz Henrique da Silveira vai manchar sua carreira política porque não cumpriu a Lei 254 e puniu praças que se levantaram para exigir direitos. “Democracia e liberdade são [princípios] bons em qualquer tempo. Não adianta homenagear aqueles que lutaram contra a ditadura no passado, é preciso ter coerência no respeito aos princípios constitucionais e ao Estado Democrático de Direito”.

Segundo o deputado, o Estado Democrático de Direito está sendo afetado porque o governador e a Polícia Militar estão esquecendo o direito a ampla defesa e julgando previamente e sem provas. “A segurança vai mal em Santa Catarina porque a prioridade é perseguir policiais honestos e não trabalhar para a sociedade”, denunciou.

Assinam a indicação os seguintes parlamentares. Do PP: Joares Ponticelli, Kennedy Nunes, Lício Silveira, Reno Caramori, Silvio Dreveck (líder) e Valmir Comin; do PT: Ana Paula Lima, Décio Góes, Dirceu Dresch (líder), Jailson Lima, Padre Pedro Baldissera e Pedro Uczai; e do PDT: Sargento Amauri Soares (líder).

Sargento Souza: exemplo de bom comportamento e competência profissional

O segundo-sargento Luciano Luiz de Souza completaria no dia 2 de junho, 20 anos de serviços prestados para a Polícia Militar. Nessas quase duas décadas, em sua ficha funcional, sempre teve o comportamento assinalado como “excepcional”. Trabalhou durante todo esse período em diversas funções no 7º Batalhão da PM: foi sargento ronda, comandou o posto policial do bairro de Barreiros e fez parte da guarnição especial da Polícia de Choque.

Também trabalhou durante oito anos na Corregedoria do 7º BPM e foi comandante, entre 2006 e 2008, do policiamento ostensivo na região de Barreiros, em São José. Sob o seu comando estiveram 48 policiais militares e a responsabilidade de fazer a segurança de uma comunidade formada por cerca de 25 mil habitantes. A pedido do comando do batalhão assumiu a função de administração do efetivo. Ainda no 7º BPM, o Souza foi presidente durante oito anos do grêmio, no qual organizava atividades esportivas e de lazer para todo efetivo.

Além de receber mais de dez elogios de bons serviços prestados à sociedade, foi homenageado com duas medalhas de honra ao mérito de terceira e segunda categoria. A última por ter comandado com esmero o policiamento em Barreiros. No seu currículo também consta o Curso de Polícia Comunitária.

No dia de sua formatura do Curso de Aperfeiçoamento de Sargento, no dia 8 de abril, o comandante assinou sua exclusão dos quadros da Polícia. Com sua aprovação no curso, sob judice, ele receberia a promoção para primeiro-sargento – a segunda durante vinte anos de serviço, já que ingressou na PM como terceiro-sargento. Ele estava na lista de espera de promoção há pelo menos um ano e meio.

“Estou indo embora e não sei o porquê. Não foi comprovado nada e na decisão do comandante geral ele disse que só tinha indícios”, protestou Souza, que é casado e pai de uma filha de quatro anos. Em sua opinião, a Justiça comum dá o direito da dúvida, mas na Justiça militar isso não acontece. O juiz da Auditoria Militar negou o pedido da assessoria jurídica da Aprasc de permanência na corporação enquanto o mérito fosse julgado. Agora, a defesa vai entrar com recurso (agravo de instrumento) no Tribunal de Justiça para reverter a expulsão.

O Conselho de Disciplina, que tem objetivo de analisar a conduta ético-disciplinar e a capacidade moral e profissional, não levou em conta sua trajetória de policial, na qual sempre teve bom comportamento e competência funcional.

Fonte:

http://www.sargentosoares.com.br/noticia.php?id=791


Um comentário:

  1. eu tambem fui exonerado e meus algoses continuam aí com suas estrelas,DEUS nao permite injustiçae um dia a estrela deles deixam de brilhar.Lutar sempre contra esse regime arcaico que só seifa os praças.Quando fui exonerado estava de lts,o que fiseram comigo foi desumano,já fas muito tempo mas nunca esqueço,nunca pude constituir um advogado pois sou doente e vivo de favores.fone 48 99690228

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