quinta-feira, 24 de março de 2011

Heróis por Luiz Carlos Prates.

HERÓIS

Quem é que sobe morro sem saber se volta vivo? Quem é que se joga num riacho sujo para salvar uma pessoa e o faz ainda que esteja de folga? Quem é que ganha pouco, muito pouco, e se esfola todos os dias para manter a ordem e dar segurança às pessoas?

Claro, você é uma pessoa inteligente, você respondeu a Polícia Militar. Podia ter respondido a Polícia Civil, e estaria certo de igual modo. Mas hoje eu quero falar da PM.

Veja esta manchete que me chega de São Paulo: – “Aumenta número de PMs em tratamento psicológico”. Pudera, os policiais só enfrentam caras tortas, não amigáveis e dispostas a tudo…

Dia destes, um dos nossos PMs aqui no Estado viveu uma crise emocional. Foi duramente criticado, não foram criticados, todavia, os “pequenos” desordeiros que perturbavam o sossego público. Pivetes que repassam à sociedade a rédea frouxa de suas famílias. Por que a imprensa hipócrita não descreveu em pormenores o que as “crianças” estavam fazendo, fazendo na rua, quando deviam estar em casa?

O curioso é que essa sociedade hipócrita quando em necessidade sabe direitinho o telefone da Polícia Militar, direitinho. Quando estão em apuros sabem gritar pelos PMs…

Eu gostaria de dar uma farda e a missão a esses críticos de pijamas para que subissem um morro à noite, cara a cara com bandidos que não relevam nem a mãe, gostaria de ver-lhes a coragem. Queria vê-los ação não apenas por um dia, mas por todos os dias como o fazem os policiais.

Uma pessoa nervosa, afetada por graves tensões, tem que ser compreendida, ajudada, jamais acusada. Além disso, o que há de gente “bacana” encostada em falsas licenças-médicas é assustador caso de polícia aqui no Estado… E é gente que não se expõe a riscos, que sai para o trabalho e volta para ver a novela, sem sustos, sem ameaças.

Meu caloroso, afetivo e incondicional apoio aos nossos policiais. E no caso do PM que passou por maus momentos, minha compreensão e minha mão estendida, irmão.


terça-feira, 22 de março de 2011

NOTA DA APRASC SOBRE FATO ENVOLVENDO POLICIAL MILITAR EM JOINVILLE

A Associação de Praças de Santa Catarina esclarece que os últimos episódios de desequilíbrio envolvendo policiais e bombeiros militares não são fatos isolados.

Os policiais e bombeiros que estão nas ruas para defender a sociedade sofrem pela falta de uma política séria para a Segurança Pública.

Os últimos governos e comandos pioraram esta situação, aumentando ainda mais a discriminação salarial e afrontando a dignidade dos praças. O plano de carreira está estagnado por falta de iniciativa administrativa das autoridades, deixando muitos militares aguardando mais de 20 anos por uma única promoção. A falta de efetivo aumenta a carga de responsabilidade e de sacrifícios dos que estão trabalhando.

Infelizmente, muitos policiais e bombeiros trabalham doentes, pois o afastamento médico provoca uma substancial diminuição dos salários, já bastante baixos. As escalas de serviço na maior parte do Estado chegam a 24 horas, com 48 horas de folga, praticamente impedindo a vida social dos militares. Esta combinação leva aos acontecimentos lamentáveis que temos visto, e os que se mobilizam para mudar este quadro são punidos severamente.
É preciso que a Segurança Pública seja compreendida como política de Estado e que as ações sejam planejadas e implementadas independente do partido que esteja no Governo. Entendemos que essa é a única forma de sairmos deste caos, evitando que a sociedade catarinense seja prejudicada.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Imagens mostram policial tirando a roupa depois de atirar contra crianças em Joinville

É lamentavel mas vamos aos fatos, claro que tem de ser ouvir mais o policial, pois a vitima nesta história toda, é ele.

Crianças entre 6 e 14 anos jogavam futebol na rua Isabel Cristina do Nascimento, no bairro Adhemar Garcia, em Joinville, na noite de quinta-feira, quando um policial militar mandou, com atitude agressiva, pararem a brincadeira.

Segundo o motorista Antônio Carlos Sutil, que acompanhou a cena, o policial Mário Casprechen chegou com a arma na mão e mandando os meninos encostarem no muro. O motorista não gostou da atitude e foi falar com ele. No meio da discussão, o PM teria atirado contra ele. Mas a bala acertou a calçada.

Antônio chegou a gravar um vídeo em que o policial aparece transtornado, tira a roupa em frente à câmera e reclama das condições de trabalho. O impasse durou cerca de duas horas, quando policias militares chegaram para retirar o colega.

VÍDEO: Assista aqui às imagens do policial tirando a roupa e ameaçando crianças

— Quando liguei para chamar a polícia, me perguntaram se eu tinha certeza de que era um policial. Eu falei que estava fardado e com arma na mão — lembra Antônio.

Depois de passada a confusão, o motorista e mais sete vizinhos, pais das nove crianças que estavam brincando, foram até um posto da Polícia Militar no bairro e se depararam com Mário ainda em serviço.

— Levei um susto quando vi ele na mesma sala. Perguntei o que estava fazendo. Aí tiraram ele dali — comenta.

O comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, Adilson Michelli, garante que uma atitude assim é rara dentro da corporação e comenta que o soldado é uma pessoa calma normalmente. Segundo ele, Mário passará pela avaliação de uma junta médica e, se for constatado problemas psicológicos, o soldado passará por tratamento e depois poderá voltar a atuar nas ruas. Caso contrário, a denúnica será levada para a Justiça. Enquanto isso, o policial está afastado.

Todo o problema com o policial teria iniciado, segundo informações de Antônio, porque um vizinho se incomodou com as crianças jogando bola. Abelar Araújo chamou a polícia, mas recebeu a informação de que não havia viaturas no local. Assim, ele mesmo se prontificou a ir ao posto da PM no bairro.

— Fui lá pedir auxílio. Ele (Mário) me atendeu normalmente. Só comentou que não tinha viatura e pediu para vir junto — explica.

Araújo não quis mais falar sobre o caso. Só explicou que está com um filho acidentado em casa e não quer se envolver com a confusão.

— Eu quero paz — diz.

A NOTÍCIA
Fonte:http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3244607.xml