Florianópolis, 05 de Junho de 2011
Associação de Praças de Santa Catarina
Este blog não é somente para os praças de Santa Catarina, mas todo e qualquer simpatizante que acredita nas pessoas que realizam a Segurança Publica de nosso estado.
Quem é que sobe morro sem saber se volta vivo? Quem é que se joga num riacho sujo para salvar uma pessoa e o faz ainda que esteja de folga? Quem é que ganha pouco, muito pouco, e se esfola todos os dias para manter a ordem e dar segurança às pessoas?
Claro, você é uma pessoa inteligente, você respondeu a Polícia Militar. Podia ter respondido a Polícia Civil, e estaria certo de igual modo. Mas hoje eu quero falar da PM.
Veja esta manchete que me chega de São Paulo: – “Aumenta número de PMs em tratamento psicológico”. Pudera, os policiais só enfrentam caras tortas, não amigáveis e dispostas a tudo…
Dia destes, um dos nossos PMs aqui no Estado viveu uma crise emocional. Foi duramente criticado, não foram criticados, todavia, os “pequenos” desordeiros que perturbavam o sossego público. Pivetes que repassam à sociedade a rédea frouxa de suas famílias. Por que a imprensa hipócrita não descreveu em pormenores o que as “crianças” estavam fazendo, fazendo na rua, quando deviam estar em casa?
O curioso é que essa sociedade hipócrita quando em necessidade sabe direitinho o telefone da Polícia Militar, direitinho. Quando estão em apuros sabem gritar pelos PMs…
Eu gostaria de dar uma farda e a missão a esses críticos de pijamas para que subissem um morro à noite, cara a cara com bandidos que não relevam nem a mãe, gostaria de ver-lhes a coragem. Queria vê-los ação não apenas por um dia, mas por todos os dias como o fazem os policiais.
Uma pessoa nervosa, afetada por graves tensões, tem que ser compreendida, ajudada, jamais acusada. Além disso, o que há de gente “bacana” encostada em falsas licenças-médicas é assustador caso de polícia aqui no Estado… E é gente que não se expõe a riscos, que sai para o trabalho e volta para ver a novela, sem sustos, sem ameaças.
Meu caloroso, afetivo e incondicional apoio aos nossos policiais. E no caso do PM que passou por maus momentos, minha compreensão e minha mão estendida, irmão.
Crianças entre 6 e 14 anos jogavam futebol na rua Isabel Cristina do Nascimento, no bairro Adhemar Garcia, em Joinville, na noite de quinta-feira, quando um policial militar mandou, com atitude agressiva, pararem a brincadeira.
Segundo o motorista Antônio Carlos Sutil, que acompanhou a cena, o policial Mário Casprechen chegou com a arma na mão e mandando os meninos encostarem no muro. O motorista não gostou da atitude e foi falar com ele. No meio da discussão, o PM teria atirado contra ele. Mas a bala acertou a calçada.
Antônio chegou a gravar um vídeo em que o policial aparece transtornado, tira a roupa em frente à câmera e reclama das condições de trabalho. O impasse durou cerca de duas horas, quando policias militares chegaram para retirar o colega.
VÍDEO: Assista aqui às imagens do policial tirando a roupa e ameaçando crianças
— Quando liguei para chamar a polícia, me perguntaram se eu tinha certeza de que era um policial. Eu falei que estava fardado e com arma na mão — lembra Antônio.
Depois de passada a confusão, o motorista e mais sete vizinhos, pais das nove crianças que estavam brincando, foram até um posto da Polícia Militar no bairro e se depararam com Mário ainda em serviço.
— Levei um susto quando vi ele na mesma sala. Perguntei o que estava fazendo. Aí tiraram ele dali — comenta.
O comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, Adilson Michelli, garante que uma atitude assim é rara dentro da corporação e comenta que o soldado é uma pessoa calma normalmente. Segundo ele, Mário passará pela avaliação de uma junta médica e, se for constatado problemas psicológicos, o soldado passará por tratamento e depois poderá voltar a atuar nas ruas. Caso contrário, a denúnica será levada para a Justiça. Enquanto isso, o policial está afastado.
Todo o problema com o policial teria iniciado, segundo informações de Antônio, porque um vizinho se incomodou com as crianças jogando bola. Abelar Araújo chamou a polícia, mas recebeu a informação de que não havia viaturas no local. Assim, ele mesmo se prontificou a ir ao posto da PM no bairro.
— Fui lá pedir auxílio. Ele (Mário) me atendeu normalmente. Só comentou que não tinha viatura e pediu para vir junto — explica.
Araújo não quis mais falar sobre o caso. Só explicou que está com um filho acidentado em casa e não quer se envolver com a confusão.
— Eu quero paz — diz.
A NOTÍCIA
O ano começa com um fato novo: novo governo estadual está se mexendo. Raimundo Colombo mostra disposição de um novo estilo de administrar. É verdade que adota o recurso dos caçadores que optam por bandos ou passaradas: o uso da espingarda que espalhar chumbo por todos os lados. Em pouco mais de uma semana fez várias promessas, anunciou metas surpreendentes, definiu prioridades e criou fatos políticos e administrativos de repercussão. Em resumo: o governo está mais presente na vida dos catarinenses.
Cobrou policiamento mais eficaz e ostensivo. Uma Central de Policia já funciona no norte da Ilha. Os gigantescos engarrafamentos na SC-401 (80% do movimento de veículos da Capital) foram amenizados com a liberação da pista dupla na SC-401, com orientação da Polícia Militar. A rodovia do sul passou a ter uma atenção especial.
Participando do “Conversas Cruzadas”, Raimundo Colombo fez várias revelações. A de maior impacto: transformar o espaço físico da Penitenciária Estadual num moderno complexo médico-hospitalar da Grande Florianópolis. O vice Eduardo Moreira,também presente, revelou negociações com a SOS Cárdio para compra do moderno Hospital construído e pronto para operar no início da SC-401.
O governador confirmou assinatura de decreto para fazer retornar aos quartéis os soldados em desvio de função. Os órgãos com proteção constitucional para requisitar a Polícia Militar terão que indenizar as despesas para permitir novas admissões na PM. Concordou que os policiais que trabalham no operacional, combatendo a criminalidade, é que devem ter gratificações especiais e melhores salários.
Outra novidade: prometeu para dentro de 30 a 60 dias a implantação do tão prometido Diário Oficial Eletrônico. Foi além, ao enfatizar que seu governo será transparente. Tratará de colocar na Internet todos dados sobre receita e despesas da administração estadual.
PRIORIDADE ZERO
Colombo voltou a se comprometer com duas rodovias também vitais para a economia catarinense: a BR-470, entre Navegantes e Campos Novos, e a SC-401, que liga o centro da Capital as praias do norte da Ilha.
Por coincidência, as duas estradas arrastam-se por décadas sem solução. Até parece que as autoridades debocham da paciência da população.
A duplicação da BR-470 é uma aspiração do povo do Vale do Itajaí desde a década de oitenta. Nos anos noventa, o governo federal transferiu a obra para o Estado. Realizada licitação no governo Paulo Afonso, venceu uma empreiteira do Paraná, para cobrança de pedágios exorbitantes, valendo-se do traçado original, mesmo sem obra nenhuma. Veio o governo Amin, denunciou o contrato, obteve rescisão na Justiça e elaborou novo projeto. Até hoje ninguém sabe onde está este estudo de duplicação. Lá se foram 10 anos de mais tempo perdido. Em Brasília, a duplicação seguiu no dorso de um cágado. Agora, prometem mais ação.
Raimundo Colombo reuniu-se com os prefeitos João Kleinubing (Blumenau) e Miltom Hobus(Rio do Sul), mais os secretários e assessores, e determinou prioridade absoluta. Vai a Brasilia para audiência com a presidente Dilma Rousseff. Pedirá, antes, uma reunião com o ministro Antônio Palocci. Se o governo federal não assumir compromissos claros de atacar logo a obra, a SC-Parcerias construirá uma nova estrada, com a iniciativa privada, mediante cobrança de pedágio. Recorde-se: a BR-47-foi construída para 6 mil veículos e recebe hoje mais de 35 mil.
Outra fixação do novo governador, encampada pelo secretário Valdir Cobalchini é a SC-401. Outra estrada que se arrasta por 16 anos sem solução. Os serviços finais serão retomados em março.
A sociedade tem que cobrar. Chega de carnificina, mortes e mutilações irrecuperáveis. E de entrave logístico por omissão do poder público.
Fonte:
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67
Representantes da Aprasc participaram (no RJ) da elaboração das diretrizes de Direito Humanos para os Polciais do Brasil |