quinta-feira, 28 de maio de 2009

Oficiais da PM com os nervos à flor da pele

A noticia abaixo foi postada no blog do Tupã e passa a situação da segurança publica de SC.

Os oficiais da Polícia Militar estão em polvorosa. Melhor, estão p*** da cara mesmo. Alguns acham que estão até fazendo papel de "bobos". Falam também em "angústia".

Sentem-se traídos, enganados e vilipendiados pelo governador Luiz Henrique da Silveira. Encerrada a greve dos praças, os oficias executaram com rigor a determinação de LHS de punir os grevistas. Milhares de processos administrativos e inquéritos militares foram instaurados. Pelo menos 50 conselhos de disciplinas - expediente sumário para expulsão dos quadros da instituição - foram abertos. E, até agora, dois policiais militares foram expulsos. Um ganhou o direito de recorrer.

A motivação é uma só: dinheiro. E a insatisfação tem duas causas.

(Antes de seguir a diante é preciso lembrar: o governador e o secretário da Segurança Pública afirmaram, em janeiro, que 2009 seria o ano dos servidores da área.)

Vamos às causas do chilique.

Primeiro, e não menos importante, o governador fez aprovar, agora em maio, projeto que concede reajuste diferenciado aos fiscais da Fazenda que contribuírem com o aumento da receita.

Segundo, e mais importante, desde meados do ano passado, o governo negocia, secretamente, o plano de carreira dos policiais civis, em especial, dos delegados. As vantagens para esse setor tendem a ser grandes. Vai ser uma lavada em relação às vantagens recebidas pelos oficiais, que sempre almejaram paridade salarial com os delegados - e nunca conseguiram.

Na iminência, mais uma vez, de ficar para trás, os oficiais estão empacando o plano de carreira. Eles ocupam postos chaves na administração do Estado: são responsáveis pela segurança, agenda e transporte do governador e dos presidentes da Assembléia Legislativa e Tribunal de Justiça. Em resumo, estão em contato permanente com o poder. Passeiam com desenvolturam pelas prefeituras, secretarias e câmara municipais. Portanto, não aceitam receber menos que os delegados.

O chefe da Casa Militar, João Luiz Botelho, teve papel de destaque. Impediu o avanço do projeto.

Em carta, a presidente da Adepol-SC, Sonêa Ventura Neves, denunciou a intervenção do oficialato. É um desabafo, um texto importante para conhecer a história recente da segurança pública em Santa Catarina. Ela chegou a escrever que "quem determina o encaminhamento de qualquer projeto que diga respeito à polícia civil para a Assembléia Legislativa nesta administração, não é mais o governador, mas a Polícia Militar com seus oficiais".

E concluiu: "o nosso plano de carreira, prometido pelo governador desde o final de 2005, início de 2006, novamente foi barrado pelos oficias da PM".

O Sintrasp (sindicato da base dos policiais civis) distribuiu nota no mesmo tom: "os oficiais da PM não concordam e não admitem a concessão de qualquer benefício para a Polícia Civil, sem que eles sejam também atendidos nos seus pleitos, ainda que muitas dessas vantagens eles já percebam há muito tempo".

O clima de guerra entre as duas principais instituições da segurança pública do Estado foi instalado. Os coronéis Eliésio Rodrigues e João Botelho, comandante geral da PM e chefe da Casa Militar do Executivo, respectivamente, colocaram seus cargos a disposição. Daí se depreende duas análises. Primeiro, deixar o governo a vontade para negociar com os delegados e os policiais civis. E, segundo, pressionar o governo a atender o pleito do oficialato e, quem sabe um dia, dos praças.

Na manhã de terça-feira 26, os oficiais mais graduados se reuniram, reservadamente, no Quartel do Comando Geral. Ninguém sabe ao certo o que foi tratado - certamente algo que não pode ser publicado. O começo da semana também contou com a peregrinação dos oficiais pelos corredores da Assembléia Legislativa.

Há oficiais que, agora e somente agora, propõe unidade dos servidores da segurança pública: Acors, Aprasc, Adepol e Sintrasp.

O anteprojeto do plano de carreira, garantem os representantes classistas, está na mão dos deputados da base aliada ao governo, apesar de ainda não ter dado entrada oficialmente na Casa.

A Aprasc está sendo boicotada nesse enredo todo. Não tem, até agora, acesso ao projeto oficial, mas já deixou claro que apóia as conquistas da base da Civil. 
Só não vai aceitar a discriminação entre praças e oficiais.


sábado, 23 de maio de 2009

Manifesto do Dep Sargento Amauri Soares.

Amigos o post anterior demonstra  toda indignação do Dep Sargento Amauri Soares, com a atual politica de inrresponsabilidade do Gov.Luiz Henrique da Silveira, solicito aos amigos que leiam e releiam o manifesto do ilustre deputado.


Aos Companheiros de Luta e Demais Servidores da Segurança Pública


   Esta semana veio com uma novidade: intensos rumores sobre um certo projeto de “plano de carreira” para os policiais civis. Comentários foram os mais diversos, vindos das mais diferentes fontes, todas extra-oficiais. A imprensa tem divulgado descontentamento dos oficiais da Polícia Militar em relação a projeto que pode beneficiar do ponto de vista salarial os delegados da Polícia Civil. Por fim, uma carta da associação dos delegados atirando contra os oficiais da PM por terem, segundo a carta, prejudicado o andamento de tal projeto.

   Nós da APRASC não sabemos de nada oficialmente, e temos acompanhado as correrias de corredor, os mais diversos comentários, esperando o próximo lance. Embora a APRASC seja a maior entidade representativa dos servidores da segurança pública, contando com duas vezes o número de filiados das demais entidades somadas, nenhuma autoridade do governo nos informou nada oficialmente. Também o sindicato dos policiais civis (SINTRASP) não nos informou oficialmente sobre o teor exato do projeto que tem dado toda a polêmica.

   Antes de mais nada, queremos dizer que sempre fomos favoráveis à implementação de um plano de carreira para a base da Polícia Civil, e assim temos nos manifestado desde o começo de 2003, posição que mantemos agora e manteremos para o futuro. No entanto, entendemos que plano de carreira não pode ser confundido com re-escalonamento salarial, e muito menos estabelecer mecanismos de discriminação entre funções similares da Polícia Civil com relação a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Em hipótese alguma concordaremos com um projeto que coloque o salário inicial da base da Polícia Civil (investigador de polícia) no nível do salário do 3º sargento da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros. Se isso está no projeto, discordaremos. Concordaremos com um plano de carreira para os policiais civis onde o investigador de polícia tenha o mesmo nível salarial do soldado da PM ou CBM, e onde o teto salarial também seja equivalente. Se o trunfo é constar em lei que para entrar no cargo inicial da Polícia Civil passa a ser necessário o diploma de curso superior, isso não é mais problema, pois defendemos esse critério também para os militares estaduais.

   Concordamos que os policiais civis e agentes prisionais tenham os mesmos direitos dos militares estaduais, assim como requeremos para nós militares todos os direitos garantidos aos policiais civis. Discordamos de qualquer diferenciação de percentuais de gratificações ou qualquer vantagem pecuniária que não seja para todos. Não sabemos oficialmente se estes elementos estão inseridos no tal projeto tão almejado pelos policiais civis, porque ninguém teve interesse em nos chamar para esse diálogo franco e aberto, colocando na mesa as propostas de forma clara. Mas, de qualquer forma, deixamos aqui registrada nossa posição, que temos mantido desde as primeiras reuniões conjuntas em 2003.

   Depois de uma semana de empurra de um lado e aperta do outro, o que tem mais ou menos definido é que no dia 9 de junho (daqui a duas semanas), haverá nova reunião de parte dos interessados com o governador Luiz Henrique. Enquanto a APRASC não for chamada à mesa de negociação, teremos apenas uma parte dos interessados sendo ouvidos. Dizem que os deputados da base do governo receberam cópia do projeto, mas nenhum se dignou a nos repassar tal documento, certamente que por orientação do palácio. Mas, emendando informações, analisando posturas, ouvindo a “rádio corredor” e recebendo informações de diversas fontes, já conseguimos concluir várias coisas. Agora, depois de colocar algumas balizas sobre o que defendemos e ao que nos contrariamos, e depois de deixar os companheiros a par dos acontecimentos e da forma como eles ocorrem, vamos ao diálogo com os demais interessados: policiais civis da base, delegados, oficiais.

   Dizem que “olho grande serve apenas para criar remela”, e isso serve para todos aqueles que abandonaram a luta por uma política salarial justa, uniforme, escalonada proporcionalmente, definida por dispositivos legais claros. Gastamos todo o primeiro semestre de 2003 discutindo isso, todos juntos, na mesma mesa de negociação determinada pelo governador e coordenada pelo secretário de segurança. Depois, gastamos todo o segundo semestre daquele mesmo ano para garantir que fosse encaminhado à Assembléia Legislativa, aprovado e sancionado. Esta era a Lei Complementar 254.

O principal problema da Lei 254 foi não ter sido cumprida integralmente, e isso não ocorreu porque logo no começo alguns usufruíram de todos os direitos que ela lhes proporcionava, e, no momento seguinte passaram a dizer que tal lei era “inexeqüível”. Essa expressão, vinda da boca de um coronel que ainda hoje está na secretaria de segurança já em 2003, simboliza toda a má vontade que os oficiais (com poucas exceções) tinham em relação a nossa tão suada Lei 254.

   Os delegados, através da sua associação, assinaram o ante-projeto que deu origem alei 254, e a diretoria da ADEPOL da época era praticamente a mesma de hoje. Claro, a 254 legalizou todas as vantagens remuneratórias que eles haviam recebido ilegalmente nos anos anteriores, e a Supremo já havia decretado a ilegalidade de tais vantagens. Então foram os que mais ganharam inicialmente com sansão da lei. Os mesmos delegados, em fevereiro de 2008, entraram com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pedindo a revogação dos artigos mais importantes da Lei 254. A coerência, claro, ficou esquecida!

   A base da Polícia Civil, organizada pelo SINTRASP, em poucos momentos esteve ao nosso lado lutando efetivamente pelo cumprimento integral da Lei 254. Faz dois anos que a SINTRASP, de forma franca e clara, tem nos informado que colocou como prioridade a plano de carreira. Ou seja, o SINTRASP deixou a 254 em segundo plano, e passou a colocar na ordem do dia, em primeiro lugar, o plano de carreira. Isso nos leva a crer que tomaram essa posição porque o plano de carreira é melhor para eles do que a própria 254, inclusive em termos salariais. Uma avaliação baseada nas informações colhidas na imprensa nos leva a crer que o SINTRASP também contribuiu para a APRASC ficar sozinha lutando pela 254, e passou à aliança com os delegados por um plano de carreira da PC que acabou recheado de interesses salariais, inclusive dos delegados. Temos percebido esse movimento desde o segundo semestre de 2007, e a cada novo lance dessa longa jornada isso fica mais claro.

   Todas as conquistas salariais da segurança pública dos últimos cinco anos só ocorreram por causa da luta dos praças organizados na APRASC. Foi assim com os R$ 250,00 reais de abono, conseguidos com mobilização da APRASC em 1º de dezembro de 2004. Foi assim também com os 20% e mais R$ 40,00 reais de abono, conseguidos com mobilização da APRASC em outubro de 2005. Nesta última campanha, inclusive os oficiais levaram cerca de 12%, sem nenhum esforço. As punições de 2004, impostas pelos oficiais, ficaram por conta da nossa generosidade e pela rigidez dos nossos ombros de praças. E um bocado de oficiais que ficaram indignados com Luiz Henrique por causa da anistia de 2005, assim como ficaram indignados com a anistia de 2003, referente às punições contra os praças relativas àquela campanha do final do ano 2000, quando os oficiais levaram os dois soldos e meio e encheram os praças de punições.
   
   Esse processo de luta salarial que começou no começo de 2003, ou ainda em 2002 nos meses posteriores à vitória de Luiz Henrique contra Esperidião Amin (resultado que fez chorar muitos dos atuais detentores de cargos no governo LHS), trouxe importantes frutos também para os oficiais. Eles tiveram a legalização dos dois soldos e meio logo no primeiro mês do governo Luiz Henrique (janeiro de 2003). Depois, com a Lei 254, tiveram acesso a recebimento de “estímulo operacional” (hora extra) e adicional noturno, que quase todos passaram a receber já no começo de vigência da lei, a partir de janeiro de 2004. Com mais 12% a partir de outubro de 2005, também produto da nossa luta de praças cansados, eles ficaram com pouco da Lei 254 a receber, e passaram a desconsiderar a sua importância. Faz anos que muitos oficiais, inclusive os da cúpula, dizem com a boca cheia que a Lei 254 é uma ficção. Claro, eles já haviam recebido quase tudo, e passaram a lutar por outras vantagens, como o salário de desembargador, por exemplo. Abandonaram “sua tropa” à miséria e foram atrás do sonho encantado de terem reconhecido o direito de ganharem como magistrados. Nesse devaneio deles, andavam juntos com os delgados e os fiscais da fazenda pelos corredores da Assembléia e do Palácio. Só os fiscais da fazenda receberam tal vantagem (com o meu voto contra), para desgosto deles e dos delegados.

   Nos parágrafos anteriores fica claro que as conquistas salariais dos últimos anos têm o carimbo da luta dos praças organizados na APRASC. Mais do que o carimbo, tem o sacrifício de milhares de companheiros que lutaram de forma abnegada por esses direitos. Viagens e mais viagens, reuniões, assembléias, passeatas, manifestações, caminhada nas pontes, punições, perseguições. Todos os outros se beneficiaram disso, e alguns ainda tiveram o gosto de punir estes mesmos praças lutadores (sim, alguns sentem prazer em fazer isso, como se essa fosse a forma de mostrar coragem e masculinidade). Da mesma forma, fica claro que, pouco a pouco, os outros segmentos foram abandonando a luta pelo cumprimento da Lei 254. Primeiro os delegados, depois os oficiais e por último a base da PC organizada pelo SINTRASP foram indo para outras prioridades, cada qual tentando obter uma vantagem maior que a do outro segmento. 

   Não queremos ser injustos, mas apenas a APRASC lamentou a iniciativa elitista e egoísta da associação dos delegados em entrar com uma ADI contra o coração da Lei 254. Teve muita gente comemorando a decisão do Supremo do último dia 4 de fevereiro, pois todos já estavam mesmo doidinhos para se livrar da lei que dava direitos aos praças, e que amarrava todos ao mesmo mecanismo legal. Curiosamente, a decisão do Supremo ocorreu num momento muito oportuno para o governo Luiz Henrique. Quase metade da população catarinense já sabia que havia uma lei salarial dos policiais, bombeiros e agentes prisionais cujo número era 254 e que Luiz Henriques estava devendo e não pagava. Até o final do corrente ano, quase 100% da população saberia da Lei 254. Mas ela foi ferida de morte por iniciativa dos delegados, e para a alegria, mais ou menos disfarçada, dos oficiais e de muitos outros. E o governo Luiz Henrique foi o único beneficiado com isso!

   Quem mais teve vantagem com todas essas “deserções” foi o governador Luiz Henrique. Faz tempo que ele busca criar expectativas para que nos desunamos. Agora chegamos ao fundo do posso da desunião, e isso é ótimo para o governo. De quinze em quinze dias, ele já nos levou seis anos e meio na conversa. Mas tem gente que ainda aposta em dar um salto, sozinho, levando apenas a sua casta. Todos os outros, em termos de política salarial, querem ficar longe de nós, os praças, que somos a maioria e que realizamos a maior e mais pesada parte do serviço de segurança em Santa Catarina.

   Os riscos que todos estamos correndo nos dias atuais têm responsáveis. Aqueles que se arrogaram representantes únicos e supremos de todos os policiais e bombeiros militares. O Comando da PM, numa aliança de amor e de ódio com a ACORS, cujo presidente era o diretor de pessoal e agora é o “corregedor geral” da inquisição, fizeram um pacto: o comandante representa todos os policiais, inclusive nas questões salariais. Quem não lembra daquela reunião ocorrida no dia 7 ou 8 de janeiro último, quando perfilaram na mesma mesa, em ordem hierárquica, as associações de militares estaduais que aceitam que o comandante seja o representante de todos? Teve foto nos meios de comunicação internos, com o comando na cabeceira da mesa, depois os oficiais da ACORS, continuando com os sub tenentes e sargentos, e por fim, os cabos e soldados. E essa era a comissão que conversaria com o comandante, e este, o único “autorizado” a levar as demandas ao secretário e ao governador. O próprio Luiz Henrique fez essa escalação naqueles mesmos dias. Ora, se é o governante quem escala quem são os “representantes” das categorias, isso não é representação, e sim encenação. Cargos de confiança pertencem ao governo e não às categorias!

   Menos de seis meses depois da declaração de onipotência e onisciência de comandante geral, por um milímetro não tivemos um golpe bem puxado nas nossas costas, com toda a Polícia civil dando um salto, com os delegados à frente. E não é coincidência que isso ocorra quando os praças organizados na APRASC estão proibidos de sair das suas cidades (já puniram, covardemente, praças por terem descumprido essa ordem absurdamente inconstitucional!), quando a camiseta da APRASC está proibida nos quartéis, quando centenas estão respondendo PAD´s, IPM´s, Conselhos de Disciplina. O comandante (com sua cúpula) e o corregedor (com seus bruxos da casa grande) são os responsáveis diretos pela fragilidade da instituição diante de nanicos bem articulados. Lá nos meses de novembro e dezembro convidamos estes senhores a estarmos todos juntos, mas eles preferiram a “segurança” dos braços do governador. Porque eles preferiram obedecer cegamente a quem despreza a todos nós, acabamos com vários oficiais entrando em confronto físico com mulheres e crianças, uma atitude indigna para o oficialato.

   Agora estão executando a ordem de governador de “punir exemplarmente”, e estão fazendo até mais do que isso. Estão abusando de princípios elementares do Estado Democrático de Direito. São poucos, mas têm oficiais mentindo sem nenhum pudor nas peças inquisitórias. A vontade de punir é tanta que chegaram a ver um mesmo praça em quatro lugares diferente exatamente ao mesmo tempo. Ou seja, usando de todos os artifícios escabrosos possíveis para punir, acabam acumulando acusações que não são possíveis nem do ponto de vista da física. 

   Querem aniquilar a APRASC, isto é, extirpar de dentro das instituições militares estaduais a consciência coletiva e autônoma dos praças. Excluir alguém com base em indícios, cuja única acusação provada e confirmada foi ter discutido com um sub tenente?!? Sim, ter discutido com um sub tenente foi a falta mais grave do sargento Souza, que foi excluído por decisão exclusiva do comandante geral, o mesmo que diz que é o representante único de todos os policiais militares junto ao governo do Estado.

   Nós praças, os mesmos que temos carregado todos os outros nas costas ao longo dos últimos seis ou sete anos, estamos agora lutando com os braços e as pernas amarradas. Estamos amordaçados, perseguidos, punidos, colocados no banco dos réus, e ainda assim temos que lutar para defender a dignidade da instituição e de todos os seus servidores. Se o comando e sua inquisição continuar nesta mesma linha, vão rir os delegados e o governador. O governador já está rindo, com a caneta cheia de vontade de dar um prêmio especial aos delegados. Mas também pode ser útil ao governador aproveitar as divergências para continuar não dando nada a ninguém. Ele poderá rir de todos nós, praças, base de PC, oficiais e delegados, pois que, por causa do “olho grande”, estamos todos separados.

   Soube que na reunião explosiva da última segunda-feira um certo oficial usou nosso nome para argumentar contra o envio do projeto dos policiais civis à Assembléia Legislativa. Pois saibam que não estão autorizados! Se não nos informam do que se passa, se mantém amordaçada a maior força da instituição, então briguem sozinhos. Enfrentem as dificuldades com seus próprios argumentos e com suas próprias forças! Se querem que estejamos na mesma trincheira, soltem nossos pés e nossas mãos, e desfaçam as injustiças cometidas até aqui.

   Senhores do comando e da inquisição! Se vocês tiverem êxito na tática que adotam atualmente de fazer o “resgate” de vossas iniqüidades, de aniquilar a APRASC e destruir tudo que tem dentro, em dois ou três anos os delegados terão salário de desembargador, todos os policiais civis estarão muito à nossa frente e vossas estrelas contarão menos que a opinião dos jovens da Guarda Municipal (com todo respeito aos moços e moças da Guarda Municipal, que são pessoas de bem, de idéias límpidas e de vontade sadia). O caminho adotado por vocês está errado! Ainda nesta semana vocês fizeram publicar mais um boletim com a solução de mais dois inquéritos. Trás outro caminhão de indicação para processos administrativos, processos penais militares e mais dez indicações para o Conselho de Disciplina. Vocês conseguiram colocar no Conselho de Disciplina um praça que ficou mais de 30 horas no COPOM da capital, até o limite da exaustão, do dia 22 para o dia 23 de dezembro de 2008, tudo porque, quando saiu dali, ele se comportou como os seus, como praça que é, e permaneceu no lado certo da história. Vocês estão massacrando parte substancial da melhor parcela da instituição. Os que lutaram em dezembro não são os que se corrompem, os que procuram “jeitinho” para “ir levando”. Não afirmamos que todos os que não lutaram sejam ruins, mas afirmamos que todos os que lutaram são bons. Anulando a “alma” destes (o seu ânimo para as coisas da instituição) o desfalque naquilo que é sério na nossa “briosa” ficará abaixo da metade do que havia em novembro de 2008.

   Mas nós acreditamos que a tática atual adotada por vocês não terá êxito, que os ventos mudarão, e que poderemos um dia, enfim, unir todas as forças na mesma direção. Pretendemos caminhar, juntos com todos, para o fortalecimento da nossa instituição, para a possibilidade de diálogo aberto e franco entre todos, onde a hierarquia e a disciplina sejam importantes mecanismos de ordenamento de funções e de responsabilidades e não uma mordaça que pretende anular toda criatividade e inteligência vindas da base. Nós queremos a união, mas que seja para o progresso do sujeito humano que faz segurança pública e não para o “resgate” de retrocessos incompatíveis com o mundo moderno e com a existência futura da instituição. Todas as nossas portas estão abertas ao diálogo (que não seja mais embromação), assim como sempre estiveram. Mas não é possível diálogo com alguém que trás na mão um chicote já gotejante de sangue. Sem distensão, morreremos todos na mesma batalha. Se nossa cúpula ficar subordinada fiel e caninamente à tática do governador Luiz Henrique de aniquilar a APRASC, e se a maioria dos oficiais permanecer esperando uma solução cair do céu, perderemos todos, para o regozijo de todos os nossos inimigos.


Dep.Sargento Amauri Soares
Praça RR - Indicado para o Conselho Inquisitório


                 São José, 23 de maio de 2009 – 02520H.




quarta-feira, 20 de maio de 2009

Encontro Nacional de Entidades Representativas de Praças (ENERP) é realizado em Natal-RN

Durante os dias 13, 14 e 15 de maio aconteceu o V Encontro Nacional de Entidades Representativas de Praças (ENERP) em Natal, Rio Grande do Norte.  Os praças de todas as regiões do Brasil defenderam os seus anseios e reivindicações, principalmente a valorização do profissional, um novo modelo de segurança pública e a desmilitarização.

Para a abertura do evento era esperada a presença da vereadora Heloísa Helena (PSOL/AL) que não pode comparecer por problemas de saúde familiar. O exemplo de luta dos praças de Roraima, com o movimento que iniciaram no mês de abril foi tido como exemplo para os praças presentes.  “Precisamos acabar com o assédio moral dentro dos quartéis. Em Roraima, onde os policiais passaram 24 dias paralisados e aquartelados reivindicando melhores salários e mais dignidade e respeito, escrevemos uma nova história para a Polícia Militar Brasileira”, falou o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do RN (ACS), cabo Jeoás Nascimento dos Santos.

Os representantes de outras entidades também se manifestaram por mudanças na legislação,como um maior investimento nos homens que fazem a segurança pública e a entrada única como soldado para fazer carreira na polícia. 

A programação do evento seguiu com discussões sobre Conjuntura Nacional e Políticas Públicas para a Segurança, Financiamento da Segurança Pública, Movimentos de Esposas Familiares e Amigos e discussão sobre a PEC 300, projeto de emenda constitucional que equipara o salário dos policiais estaduais e policiais distritais, e uma conferência livre preparatória para a Conferência Nacional de Segurança Pública (1ª CONSEG).

 Desmilitarização

A desmilitarização foi um dos temas mais debatidos neste V ENERP. O sargento Aragão, diretor da Associação Nacional de Praças (ANASPRA) apresentou a desmilitarização como “...uma necessidade institucional e uma evolução necessária. Temos que buscá-la juntamente com a exigência de nível superior para a entrada na Polícia Militar”. Para o presidente licenciado da Aprasc, sargento Manoel João da Costa, a militarização cerce o direito de liberdade de cidadão, exerce um poder sobre o agente de segurança pública que o constrange, humilha e o torna subserviente aos comandantes."Com exceção do Brasil todas as policias no mundo são desmilitarizadas e funcionam muito bem. A polícia tem que estar para a sociedade e não como aparelho repressor do governo” explica J. Costa.

O V ENERP definiu a criação de um movimento para provocar um plebiscito nacional para que a população brasileira possa se expressar sobre o assunto.

 Conferência Livre

O V ENERP realizou uma Conferência Livre de Segurança Pública com os seguintes eixos temáticos: Valorização Profissional e Otimização das Condições de Trabalho e Financiamento e Gestão da Política Pública da Segurança. A conferência livre serve para definir princípios e diretrizes à Conferência Nacional que acontecerá em Brasília de 27 a 30 de agosto.  “É um momento ímpar que está sendo oportunizado não somente aos atores que promovem a segurança pública no país, mas também a toda a sociedade de juntos promover a quebra de paradigmas buscando um novo modelo de segurança pública que seja efetiva e eficaz na contenção do crescimento da criminalidade. No que diz respeito aos trabalhadores da segurança pública, mais notadamente aos praças, esperamos que esta conferência ao seu final reconheça como fator primordial e essencial o reconhecimento e a sua valorização profissional estabelecendo dentre várias questões o reconhecimento salarial através de um piso nacional único, o estabelecimento da carga horária, e um código de ética único com o fim dos ultrapassados regulamentos disciplinares que datam do século passado e contrariam a constituição cidadã de 1988” , explica Sgt. Héder Martins, diretor administrativo da Associação dos Praças, Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (ASPRA).

No segundo dia foi apresentada, pelo subtenente Luiz Gonzaga, Secretário Nacional da Anaspra, a palestra “Financiamento da Segurança Pública”, onde falou sobre a utilização de recursos do município para uso em segurança pública.  “O correto é se criar Fundos participativos dos municípios, direcionados a promoção da segurança pública, como o que acontece com a saúde e a educação”, afirmou o subtenente. A tarde, a mesa composta por Wagner Simas Filho, vice presidente da Anaspra; deputado federal Mendonça Prado, Cabo Jeoás Nascimento, presidente da ACSPM; Luiz Gonzaga Ribeiro, secretário nacional da Anaspra; Eliabe Marques, presidente da ASSPMBM; Rodrigo Maribondo, presidente da ABM; Sérgio Leocádio secretário municipal de Defesa Social; e Amauri Soares, deputado estadual de Santa Catarina e presidente interino da Aprasc, deu continuidade aos trabalhos.

 PEC 300

A PEC 300 é um assunto que interessa a todos os praças do Brasil e levou os participantes do V ENERP à uma discussão bastante participativa. O deputado federal Mendonça Prado (DEM/SE) esteve presente substituindo o autor do projeto da PEC 300, Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) que não pode comparecer. A sua fala ficou marcada pelo incentivo dado à corporação pela continuidade da luta dos praças da Polícia Militar. Para o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (ASPRA) e secretário executivo da ANASPRA, subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro, “trata-se de um projeto ousado, mas necessário. Um policial da Polícia Rodoviária Federal recebe, em média, R$ 6 mil; um procurador do Ministério Público, R$ 18 mil; enquanto um soldado da PM, R$ 1 mil”.

 Movimento das Esposas, Familiares e Amigos

No fim do segundo dia foi composta uma mesa com mulheres que representam os movimentos de esposas e familiares dos praças brasileiros e que são protagonistas na luta por melhores condições de trabalho e valorização do profissional de segurança pública. A deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS) esteve presente e se manifestou parabenizando as mulheres presentes e prestando apoio e solidariedade ao movimento. “é muito importante esse movimento ter as mulheres e familiares dos policiais em linha de frente, porque só eles juntos com os policiais é quem conhecem bem as reais dificuldades dos profissionais de segurança pública”, ressaltou Luciana.

 Luciana Genro

Durante o terceiro e último dia a deputada federal Luciana Genro fez declarações em favor da desmilitarização. Luciana defendeu o debate do assunto pela sociedade . “Precisamos dialogar com a população e fazê-la enxergar o papel que a polícia tem cumprido e que deve cumprir. A polícia é vista como violenta e corrupta, como uma ameaça e não uma proteção. A população precisa ver que essa imagem é resultado do militarismo e que o policial também é uma vítima”. Ainda de acordo com a deputada para convencer à população da necessidade da desmilitarização é preciso mostrar as injustiças que acontecem dentro dos quartéis. “Os direitos previstos na constituição e na declaração dos direitos humanos não chegaram aos quartéis. Se mostrarmos a população o que os policiais podem ser presos por causa de uma dívida; que qualquer cidadão não tem obrigação de produzir provas contra si, mas o militar não tem esse direito; que o policiai precisa pedir permissão para casar ou viajar, que se um soldado desrespeitar um oficial a pena é maior do que se um oficial desrespeitar um soldado. Temos que mostrar o atraso da militarização de uma maneira que as pessoas entendam e assim ganhar o apoio da população. Após a apresentação de Luciana Genro foi realizado um debate com os presentes, e muitas propostas surgiram como sugestões a serem levadas para a Conferência Nacional de Segurança Pública como: a realização de um plebiscito sobre a desmilitarização e a manutenção da luta por melhores condições salariais e de trabalho e mais dignidade e respeito para o policial.

 Diretrizes Definidas

Foi decidido a realização de Atividade de mobilização da categoria, em Brasília entre os dias 5 e 10 de junho/2009, o que irá promover a: • A 1ª reunião da Anaspra com a Senasp – Secretária Nacional de Segurança Pública;

• Visita ao gabinete do Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, autor da PEC 300, para tratar sobre emenda; Após as atividades em Brasília seguem outros movimentos:

• Viagem para Roraima para dar apoio a categoria daquele Estado que está recebendo represaria após o movimento de greve promovido em abril deste ano;

• A Anaspra vai convidar movimentos sociais e centrais sindicais para participarem da mobilização em prol a Desmilitarização da Policial Militar;

• Movimento para provocar um plebiscito nacional sobre a Desmilitarização, referente a essa ação o deputado Amauri Soares, do PDT/SC, ficou responsável em redigir o texto para a coleta de 1 milhão e 300 mil assinaturas, em âmbito nacional, para legalizar o plebiscito;

• Durante a realização da Conseg - Conferência Nacional de Segurança Pública, durante, de 27 a 30 de agosto/2009 em Brasília, a Anaspra irá movimentos sociais e os representantes de praças de todo país para se fazerem presentes na conferência como força ao movimento de Desmilitarização;

• Será feita uma moção de repúdio a ação dos Governos do RN, SC e BA pela exclusão de representantes da categoria após movimentos reivindicatórios realizados nos Estados citados, com por exemplo o Cabo Jeoas-ACS/RN, Sargento Regina – ASSPMBM/RN, Soldado Prisco – Anaspra/BA, dentre outros.

• Reunião da Anaspra em setembro na cidade de Fortaleza para eleição da nova diretoria da instituição. Finalizado com um coquetel no final da tarde desta sexta-feira, dia 15/05, o V Enerp se encerrou com a certeza de que muito há que se fazer e que a categoria está ciente dos trabalhos pela frente. Conferência Livre de Segurança Pública O V ENERP também será a oportunidade para realização de uma Conferência Livre de Segurança Pública cujos eixos temáticos serão: Valorização Profissional e Otimização das Condições de Trabalho e Financiamento e Gestão da Política Pública da Segurança.


Fonte: APRASC

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Conferência Municipal de São José/SC, Etapa Preparatória da 1ª CONSEG

A Conferência Municipal de São José/SC, Etapa Preparatória da 1ª CONSEG, ocorrerá no dia 25 e 26 de maio de 2009, no Teatro do Centro de Eventos Multiuso, localizado na Av. Beira-Mar, Bairro Campinas, São José.
INSCRIÇÕES pelo fone: 48 – 3259-6160

Programação: Dia 25/05/2009 (noite)
19h - Solenidade de abertura
19h30 - Palestra: "Prevenção Social do Crime e das Violências e Construção da Cultura de Paz" Dr. Rubens Roberto Rebello Casara
Juiz Criminal do Rio de Janeiro/RJ, Doutorando em Ciências Criminais e Professor Universitário

Dia 26/05/2009 (manhã): Conferência Livre da 1ª CONSEG

domingo, 17 de maio de 2009

Blogs de policiais se multiplicam

Do cotidiano violento das ruas à homenagem ao pai morto por bandidos, policiais civis, militares e federais de todo o País expõem suas ideias, críticas e realidade no mundo virtual. A internet democratizou a aproximação dos policiais com a sociedade e favoreceu o acesso a pelo menos 67 blogs do gênero.


Em São Paulo, ao menos oito páginas sobre o assunto estão na internet - mas o Estado mais desenvolvido do País perde feio para o Rio de Janeiro nesse quesito. Policiais fluminenses já criaram cerca de 30 blogs sobre segurança e violência. Os paulistas, dizem, temem que os desabafos, comentários e críticas escancaradas na internet, com acesso livre de leigos e também dos comandantes, virem alvo de sanções disciplinares.

Mesmo assim, alguns desafiam as imposições regimentais e deixam seu recado no mundo virtual. Alguns discutem os problemas da profissão. Outros, repercutem reportagens publicadas pela imprensa. Há os que preferem apenas falar do cotidiano nas ruas. E ainda os que prestam homenagens a colegas mortos ou abrem espaço para discussões sobre a política nacional.

A proporção da chamada blogosfera policial chamou a atenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (CESeC) que, em parceria, estão pesquisando a produção, a quantidade, conteúdo e o impacto dos blogs especializados em segurança pública.

A pesquisa incluirá levantamento e análise de blogs, entrevistas com policiais blogueiros e jornalistas e a realização de debates. A expectativa é usar os dados para um seminário no segundo semestre. “Quando nos deparamos com esse fenômeno, resolvemos colaborar para entender com um pouco mais de critério o que isso significa”, diz o coordenador do setor de comunicação e informação da representação da Unesco no Brasil, Guilherme Canela Godoi.

Para Godoi, as primeiras impressões dos blogs apontam para o caminho que se debate há algum tempo sobre as tendências das coberturas jornalísticas voltadas para políticas de segurança, polícia e criminalidade. “Não precisamos de cobertura de crime, mas de políticas públicas na segurança, pois resolve muito pouco ficar dizendo que mais uma pessoa foi assassinada”, afirma.

BÁRBARA SOUZA, barbara.souza@grupoestado.com.br

http://txt.jt.com.br/editorias/2009/05/17/ger-1.94.4.20090517.4.1.xml


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alto comando da PM de Distrito Federal é afastado

Como a edição desta quinta-feira (14/5) do Correio Braziliense adiantou, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Antônio José de Oliveira Cerqueira, foi afastado do cargo. Quem assume, por enquanto, é o chefe do Estado Maior, coronel Figueiredo.

Também foram afastados o coronel João Fiorenza, do Centro de Inteligência; e o coronel Antônio Carlos de Sousa, da Diretoria de Finanças. O promotor Mauro Faria de Lima, da Promotoria Militar, sustenta que eles desviaram, entre março de 2008 e abril de 2009, R$ 919,6 mil em proveito da empresa Nara Veículos, concessionária da Mitsubishi em Brasília.

O governador José Roberto Arruda (DEM) soube na última segunda-feira que o Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) concluiu a investigação contra os integrantes do alto comando da PM por crime de peculato, previsto no Código Penal Militar. Arruda se comprometeu com o procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, que afastaria o comando da PMDF. 

O assunto foi discutido em reunião na última terça-feira (12/5), com a presença de Bandarra e de Mauro Faria, autor da denúncia. Participaram do encontro também o secretário de Segurança Pública do DF, Valmir Lemos, o procurador-geral do DF, Marcelo Galvão, o secretário de Ordem Pública, Roberto Giffoni, e o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel.


terça-feira, 12 de maio de 2009

Blogosfera Policial


Comando Geral da PMSC exclui Sgt Souza por participar de movimento reinvidicatório

A Assembléia Legislativa aprovou indicação da Bancada do PP que solicita ao governador do Estado rever ato de exclusão do segundo-sargento Luciano Luiz de Souza. De acordo com a argumentação dos deputados, o movimento reivindicatório dos praças, realizado em dezembro de 2008, não se tratou de atitude contra o Estado, mas de cobrança de “justa reivindicação” – a integralização da Lei 254. A proposição, aprovada na sessão de 12 de maio, também recebeu as assinaturas da bancada do PT e do deputado Sargento Amauri Soares, líder da bancada do PDT.


A indicação salienta ainda que o processo decorrido no Conselho de Disciplina julgou, por unanimidade, pela permanência do sargento Souza, e a decisão de exclusão do militar partiu exclusivamente do comandante geral da Polícia, coronel Eliésio Rodrigues. Segundo Soares, o militar foi excluído sem nenhum indício ou prova concreta de participação criminosa nos eventos de dezembro passado.

O deputado Soares acusou, em plenário, que a medida do comando da PM é de “caráter político”, já que todos os levantamentos processuais não apresentaram provas que pudessem levar a exclusão. “Essa atitude pretensamente administrativa é eivada de decisão política e o governador do Estado tem a principal responsabilidade”, afirmou.

Soares destacou ainda que o governador Luiz Henrique da Silveira vai manchar sua carreira política porque não cumpriu a Lei 254 e puniu praças que se levantaram para exigir direitos. “Democracia e liberdade são [princípios] bons em qualquer tempo. Não adianta homenagear aqueles que lutaram contra a ditadura no passado, é preciso ter coerência no respeito aos princípios constitucionais e ao Estado Democrático de Direito”.

Segundo o deputado, o Estado Democrático de Direito está sendo afetado porque o governador e a Polícia Militar estão esquecendo o direito a ampla defesa e julgando previamente e sem provas. “A segurança vai mal em Santa Catarina porque a prioridade é perseguir policiais honestos e não trabalhar para a sociedade”, denunciou.

Assinam a indicação os seguintes parlamentares. Do PP: Joares Ponticelli, Kennedy Nunes, Lício Silveira, Reno Caramori, Silvio Dreveck (líder) e Valmir Comin; do PT: Ana Paula Lima, Décio Góes, Dirceu Dresch (líder), Jailson Lima, Padre Pedro Baldissera e Pedro Uczai; e do PDT: Sargento Amauri Soares (líder).

Sargento Souza: exemplo de bom comportamento e competência profissional

O segundo-sargento Luciano Luiz de Souza completaria no dia 2 de junho, 20 anos de serviços prestados para a Polícia Militar. Nessas quase duas décadas, em sua ficha funcional, sempre teve o comportamento assinalado como “excepcional”. Trabalhou durante todo esse período em diversas funções no 7º Batalhão da PM: foi sargento ronda, comandou o posto policial do bairro de Barreiros e fez parte da guarnição especial da Polícia de Choque.

Também trabalhou durante oito anos na Corregedoria do 7º BPM e foi comandante, entre 2006 e 2008, do policiamento ostensivo na região de Barreiros, em São José. Sob o seu comando estiveram 48 policiais militares e a responsabilidade de fazer a segurança de uma comunidade formada por cerca de 25 mil habitantes. A pedido do comando do batalhão assumiu a função de administração do efetivo. Ainda no 7º BPM, o Souza foi presidente durante oito anos do grêmio, no qual organizava atividades esportivas e de lazer para todo efetivo.

Além de receber mais de dez elogios de bons serviços prestados à sociedade, foi homenageado com duas medalhas de honra ao mérito de terceira e segunda categoria. A última por ter comandado com esmero o policiamento em Barreiros. No seu currículo também consta o Curso de Polícia Comunitária.

No dia de sua formatura do Curso de Aperfeiçoamento de Sargento, no dia 8 de abril, o comandante assinou sua exclusão dos quadros da Polícia. Com sua aprovação no curso, sob judice, ele receberia a promoção para primeiro-sargento – a segunda durante vinte anos de serviço, já que ingressou na PM como terceiro-sargento. Ele estava na lista de espera de promoção há pelo menos um ano e meio.

“Estou indo embora e não sei o porquê. Não foi comprovado nada e na decisão do comandante geral ele disse que só tinha indícios”, protestou Souza, que é casado e pai de uma filha de quatro anos. Em sua opinião, a Justiça comum dá o direito da dúvida, mas na Justiça militar isso não acontece. O juiz da Auditoria Militar negou o pedido da assessoria jurídica da Aprasc de permanência na corporação enquanto o mérito fosse julgado. Agora, a defesa vai entrar com recurso (agravo de instrumento) no Tribunal de Justiça para reverter a expulsão.

O Conselho de Disciplina, que tem objetivo de analisar a conduta ético-disciplinar e a capacidade moral e profissional, não levou em conta sua trajetória de policial, na qual sempre teve bom comportamento e competência funcional.

Fonte:

http://www.sargentosoares.com.br/noticia.php?id=791


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Nos últimos dez anos, 920 policiais foram expulsos no Rio.

Um PM do Rio é excluído da corporação a cada quatro dias.

RIO - A cada dois dias, um inquérito policial-militar (IPM) é aberto na PM do Rio e, a cada quatro, um policial é expulso da corporação. Levantamento feito pela Corregedoria de Polícia Militar do Rio, a pedido do GLOBO, revela que a instituição, considerada a que mais pune seus integrantes, expulsou nos últimos dez anos 920 policiais e instaurou 2.505 IPMs. Só nos três primeiros meses deste ano, foram 51 expulsões.

Também no Tribunal de Justiça cresce o número de processos oriundos de Conselhos de Justificação, responsáveis pela expulsão de oficiais. Nos últimos seis meses, foram instaurados seis processos envolvendo dez oficiais, entre eles o tenente-coronel José Carlos Dias Azevedo; o major Fabio Guttman; e o capitão Wellington da Silva Medeiros. Eles são acusados de negociar com o chefe do tráfico da Cidade de Deus a diminuição das operações policiais, em troca de R$ 120 mil por mês.

Dos 85 processos contra oficiais impetrados desde 1987, apenas dez resultaram em demissão. Outros 27 oficiais foram reformados e dois, enviados para a reserva. Para o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a legislação atual é o maior entrave para a depuração do oficialato. Segundo ele, enquanto os casos dos oficiais têm que ir aos tribunais de Justiça, a expulsão dos praças é julgada administrativamente. Beltrame acredita que a legislação tem que ser mudada.

Fonte Jornal O Globo:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/05/10/um-pm-do-rio-excluido-da-corporacao-cada-quatro-dias-755797386.asp


sábado, 9 de maio de 2009

Resultado da etapa municipal da 1ªConseg em Florianópolis

No momento estou passando esta informação para todos, mas adiante darei novas informações.

Etapas municipais da 1ª Conseg votam pela desmilitarização das polícias militares

Neste mês de maio estão acontecendo as etapas municipais da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg) em Santa Catarina. O evento é uma oportunidade única para a comunidade participar da elaboração de uma nova política nacional de segurança pública. A conferência é uma convocação do governo federal que está recomendando a participação de todos os setores da sociedade, inclusive de policiais e bombeiros militares, sem que haja qualquer impedimento ou repressão por parte dos comandos estaduais. A participação de quem vive a segurança pública no Brasil é essencial para o seu aperfeiçoamento. 

Nas estapas municipais já realizadas em Chapecó e em Florianópolis a comunidade se manifestou contra o atual modelo autoritário e arcaico das polícias militares e escolheu como principal diretriz para ser encaminhada à 1ª Conseg a desmilitarização. Ainda acontecerão outras etapas em municípios catarinenses. 

Haverá também uma Etapa Municipal com data para ser definida até o dia 30/05. Nesta etapa serão escolhidos representantes para a conferência a ser realizada em Brasília. 

Calendário das Etapas Municipais

Lages – 14 e 15 de maio. Informações Lauro (49) 3244 4800
Blumenau – 18 e 19 de maio. Informações Sergio (47) 8404 0132
Joinville – 22  23 de maio. No auditório da Univille
Brusque – 28 e 29 de maio. Informações Villa (47) 9604 9916
Balneário Camboriu -  27 de maio. Informações Ebirajara Lemes (48) 8843 5085 ou 3244 1909

Maiores informações no site da 1ª Conseg – www.conseg.gov.br 

Fique por dentro da 1ª Conseg

A Aprasc recomenda a participação da 1ª Conseg e a leitura do texto-base especialmente o Eixo I e o Eixo III

Fonte:

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Comandante Geral da PM defende a liberdade de expressão de blogueiros policiais

Podcast2 - Comandante Geral da PM defende a liberdade de expressão de blogueiros policiais

Segunda Edição do Podcast da Blogosfera
Com entrevistas com blogueiros policiais

Nesta edição o podcast da blogosfera policial entrevistou o Coronel Carlos Antônio Elias, comandante geral e blogueiro do Estado de Goiás

antonioeliasblog

EXEMPLO PARA O MUNDO!
WWW.PM.GO.GOV.BR/BLOG E
CORONELANTONIO.COM.BR

Quem é ele?

 Coronel Antônio, é um oficial com grande visão de Gestão Corporativa, tendo desde o ínicio de sua carreira se preparado para assumir o Comando da Instituição da PM de Goiás. E já com um pouco mais de 6 meses, marca sua gestão pela valorização do seus Policiais

  

Ouçam a entrevista abaixo:

terça-feira, 5 de maio de 2009

Comemorar o que???

Comemorar o que nos 174 anos da Policia Militar de SC?
O salário que recebo e não consigo pagar as minhas contas(e olha que esta apertada):
   - O condomínio esta atrasada;
   - A prestação do apto esta atrasada;
   - A conta de luz esta atrasada;
   - Se vou fazer um rancho do mês no mercado tenho que fazer parcelado;
   - 3 anos sem nenhum reajuste salarial.
 
Comemorar o que?
   Se companheiros nossos estão sendo violados moralmente em PAD's e Conselhos de Disciplina e até mesmo excluídos. 

Policiais Militares de Alagoas se preparam para aquartelameto


 Movimento dos Militares

 

No dia 5 de maio todo o Corpo Militar estará promovendo um ato de solidariedade para a população alagoana com o objetivo de garantir o estoque do banco de sangue do Hemocentro de Alagoas (Hemoal) que constantemente fica abaixo da necessidade diária.

 

Na ocasião, os militares também farão um protesto contra o descaso do Governo do Estado com a segurança pública pelo descumprimento da lei nº 6.823, assinada pelo atual governador Teotonio Vilela Filho e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nº 124, de 29 de junho de 2007 (datas-base 2006, 2007 e 2008); além do resíduo de 7% pendente de um acordo anterior.

 

Em consequência disto, o Movimento de Classe dos Militares Estaduais faz uma alerta desde já para toda a população do Estado, avisando sobre os perigos que podem correr ao sair de suas casas no dia 5. Em contra partida, pedem desculpas pelos transtornos que podem ocorrer devido a esta situação, mas afirmam não terem outra alternativa na busca de se fazer cumprir suas reivindicações por parte do governo.

 

A “Operação Solidária” será realizada a partir das 8hs, na Praça da Faculdade, no Centro. Uma unidade móvel do Hemocentro de Alagoas (Hemoal) estará durante todo o dia 5 dando apoio ao movimento dos militares.

 

Negociações - Em 2007, o atual governador assinou um termo de compromisso juntamente com as entidades representativas da classe militar e os Comandantes Gerais, para que em abril de 2008 o canal de negociação fosse aberto para a categoria, com o intuito de ajustar as datas-base de 2006, 07 e 08; e restituir os 7% residuais para a tropa. Em abril de 2007, o governo assinou um acordo aprovando a lei nº 6.823, referente à data-base.

 

Já no final de 2008, uma comissão de negociação do governo foi formada presidida pelo secretário de Estado da Defesa Social, Paulo Rubim, com o principal intuito de manter o diálogo com o funcionalismo público estadual. De lá para cá, os representantes de associações vêm participando de reuniões constantes, mas sem nenhum posicionamento positivo do governo. Passados quase dois anos, o Executivo ainda não cumpriu o acordo.

 

Por não chegarem a um consenso, na última assembleia realizada no dia 15 de abril, em frente à Praça dos Martírios, no centro de Maceió, os militares decidiram pelo aquartelamento de 24 horas para o dia 5 de maio.


Fonte:

http://www.acsalagoas.org.br/?noticia,251