sexta-feira, 31 de julho de 2009

A 1ªConferência que LAVOU MINHA ALMA!

Nestes últimos três dias que ocorreu a Etapa Estadual da 1º CONFERENCIA DE SEGURANÇA PUBLICA, me fez relembrar o ano de 1992 quando através de um telefonema de um jornalista do lendário Jornal O Estado me pedindo algumas informações sobre um tal Substitutivo Constitucional de Autoria do Deputado Federal Hélio Bicudo que estava propondo a Demilitarização das PM’s e alterando o Art. 144 da Constituição Federal de 1988.

Bem, de imediato lhe informei que não sabia do que se tratava e segundo porque este jornalista queria falar sobre este assunto comigo, de mediato ele responde que eu seria a pessoa certa, pois como diretor de relações publica de uma entidade de classe deveria ter este conhecimento, já que o mesmo já sabia da opinião do oficialato da PM e gostaria de saber da parte com maior contingente da Segurança Publica os praças, no entanto mais uma vez insisti que não sabia sobre o assunto mas iria buscar me interar sobre tal.

Como no inicio dos anos 90 a internet estava apenas engatinhado, tive que pesquisar de outras formas, mas com persistência comecei a encontrar vários materiais e o dito cujo Substitutivo Constitucional, conheci também uns praças da PM de Brasília através da Aspra(Associação de Praças), onde os mesmos me enviaram vários matérias sobre a Demilitarização e assim comecei divulgar sobre tal proposta com nossos praças, tudo sem muitas badalações apenas conscientizando sobre tal leitura e sobre a referida proposta.

Já no ano de 1993 e depois varias conversas com o tal jornalista decide que iria dar minha opinião sobre a proposta e assim fizemos, na declaração ao jornal de 5 de agosto de 1993 apenas lhe disse que tal proposta deveria ser discutida com a sociedade em geral e quem deveria decidir seria a mesma. Porem com a tal declaração foi instaurado uma sindicância e na mesma resultou a minha exclusão no dia 05 de outubro 1993 das fileiras da corporação.

Então no dia de ontem, 30 de julho 2009, já nas fileiras da corporação e depois de 17 anos de tudo ter começado e esta participando de tal conferência, pude LAVAR A MINHA ALMA e confesso que em alguns momentos o meu coração apertou e os meus olhos se encheram de lagrimas mas me contendo, pois sabendo que aquilo é somente uma parte de um longo caminho e que se tem muito ainda a percorrer.

Esta atitude não é uma expressão de desrespeito ou quebra de hierarquia ou disciplina, mas sim a busca do respeito e dignidade pelo profissional, pessoa humana e pai e mães de família, que fazem parte desta instituição chamada Policia Militar de Santa Catarina e conclamo todos aqueles homens e mulheres que estão sendo citados ou indiciados em IPM’s, respondendo Processos Administrativos Disciplinares e nos Conselhos de Disciplina não se deixem esmorecer, pois os senhores e senhoras não são baderneiros, arruaceiros, extremistas e nem guerrilheiros como alguns estão falando, mais sim trabalhadores da Segurança Publica do Estado de Santa Catarina e não do desgoverno do estado.

E ainda para aquele ou aquela que tem medo de externar suas idéias ou seus anseios não fiquem no anonimato vamos participar e acompanhar os nossos movimentos, pois como dizia Rui Barbosa:

Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado”


Sandro M.Nunes

Soldado PMSC


quinta-feira, 30 de julho de 2009

VITÓRIA DOS PRAÇAS: DESMILITARIZAÇÃO É APROVADA PELA GRANDE MAIORIA NA ETAPA DA 1ª CONSEG EM SC


A desmilitarização da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foi a principal diretriz aprovada pelos conferencistas na etapa catarinense da 1ª Conferência Nacional. Depois dos debates em grupos, na tarde de quarta-feira (29/07), a tese "Desmilitarização da Polícia Militar e Bombeiros Militares como forma de abrir o diálogo e criando código de ética único, respeitando a hierarquia a disciplina e os direitos humanos" foi a mais votada. A diretriz apresentada pela APRASC e os representantes dos praças recebeu360 votos, mais de 100 votos da segunda diretriz mais votada.

O presidente licenciado da APRASC, Manoel João da Costa, foi a representação que mais recebeu votos todos entre todos os delegados eleitos. Representando os praças da Polícia Militar, J. Costa recebeu 99 votos. A vitória representa o respeito da sociedade civil, incluindo os conselhos de moradores e segurança, e dos trabalhadores de todas as corporações da segurança pública com o sargento J. Costa. É o reconhecimento de sua luta em defesa dos praças e da segurança pública catarinense. Representa ainda o respeito que a sociedade tem pela entidade dos praças.

Foram eleitos ainda, no segmento da sociedade civil: o subtenente Cesar Ney Rosa, Edileuza Garcia Fortuna (Movimento Mulheres que Lutam) e Ledicleide Fernandes Bezerra Rosa (Movimento Mulheres que Lutam). Todos representando as teses da APRASC. Para o bombeiro militar Rogério Ferrarez, conhecido como Tio Ruja, faltaram dois votos para ser eleito. Mas ficou como primeiro suplente.

Vários representantes da sociedade civil e de outras categorias que são apoiadores do movimento aprasquiano também se elegeram. Prevaleceu a solidariedade entre a base dos servidores e a sociedade. Os oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros se utilizaram do artifício de colocar praças tutelados pelo comando para tomar as vagas dos legítimos representantes dos praças.

Não é exclusividade da APRASC

A votação exepressiva da diretriz de desmilitarização, para o sargento Edson Fortuna, sinaliza que tem alguma coisa errada, e que a demanda não é exclusiva dos praças e da APRASC. "Muito distante do que os oficiais têm dito dentre dos quartéis e propalado para a sociedade civil há um desejo da própria sociedade de mudar as instituições que exercem a segurança pública no país", afirma Fortuna.

O apoio contudente à tese da APRASC significa também o entendimento de todo o conjunto da sociedade é que a desmilitarização é necessária para melhorar a segurança pública. Nos moldes atuais, a Polícia Militar é um entrave para proteger a população.

Justiça

O soldado da Polícia Militar, Sandro Nunes, que participou como representante dos praças em todos os dias da conferência, foi um dos presentes que mais comemorou a vitória. Em 1993, ele foi expulso dos quadros da polícia por conceder entrevista, para notícia publicada no jornal, pedindo diálogo com a sociedade e a desmilitarização. Na época, foi aberta uma sindicância que decidiu, sumariamente, pela expulsão, sem direito à ampla defesa e contraditório. Doze anos depois, por decisão da Justiça, foi reintegrado à PM.

Sua trajetória na Polícia Militar comprova que o militarismo nas instituições de segurança pública é um anacronismo rejeitado pela sociedade e pela justiça. O tratamento respeitoso e a garantia dos direitos humanos dos policiais e bombeiros é imprescindível. Mais: é uma obrigação e um direito, nos tempos atuais. A desmilitarização é um processo irreversível. Pode durar alguns anos, mais vai acontecer de fato.

fonte:
http://www.aprasc.org.br/forum/index.php?blog=16

terça-feira, 28 de julho de 2009

Começa hoje Etapa Estadual da 1º CONSEG

Começa hoje em Florianóplis a etapa Estadual da 1º CONSEG, segue abaixo a programação:


ETAPA ESTADUAL SANTA CATARINA

PROGRAMAÇÃO



DIA 28 DE JULHO DE 2009.

16h00min Início do Credenciamento.

19h00min Solenidade de Abertura – Composição da Mesa.

20h00min Painel de Contextualização da I Conseg e do Texto Base

21h00min Coquetel de Confraternização


DIA 29 DE JULHO DE 2009.

08h30min Apresentação Cultural

09h00min Apresentação da Programação Geral

09h15min Apresentação das Regras Eleitorais

10h00min Encerramento do Credenciamento (1º parte) e abertura Lista de Espera

Cooffe-Breack

10h20min Início dos Trabalho de Grupos de Temáticos.

- Apresentação dos participantes

- leitura texto-Base.

- Debate.

12h00min Encerramento do credenciamento geral

12h30min Abertura para Inscrição de Candidaturas.

Almoço.

14h30min Grupos de Trabalho – Encerramento das discussões de Princípios da PNSP

15h30min Encerramento das inscrições de candidaturas

16h00min Cooffe-Breack.

16h30min Divulgação da Lista de Candidatos.

17h30min Grupos de Trabalho – Encerramento das discussões de Diretrizes da PNSP

18h00min Sistematização Geral pela Comissão Organizadora Estadual dos Princípios e Diretrizes.


DIA 30 DE JULHO DE 2009

08h30min – Plenária de Orientação sobre o Processo Eleitoral –

09h30min Momento Interativo - Votação dos Princípios e Diretrizes.

10h30min Eleição dos representantes da sociedade civil e trabalhadores em Segurança Pública no Estado de Santa Catarina

11h30min Apresentação Cultural

12h30min – Almoço

14h00min – Plenária Final.

- Apresentação dos 7 Princípios e 21 Diretrizes.

- Apresentação dos Delegados Eleitos.

15h30min – Encerramento.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

PMSC exclui pela segunda vez praça por participar de movimento de dezembro 2008

O motivo de ter postado o video abaixo foi para recordar o movimento realizado em dezembro de 2008, onde o Movimento das Esposas e Familiares realizaram o fechamento de alguns quartéis pelo estado.

Mesmo ficando evidente que foram as Mulheres e Familiares que promoveram tais reinvidicações o comando da PMSC ordenou a abertura de cerca 45 Conselhos de Disciplina para os praças e que o mesmo já resultou em três excluções, sendo o soldado Quint e Soldado Elizeu mais o Sgt Souza, este ultimo havia sido reintegrado através de um mandado de segurança no dia 09/07/2009 porem no dia seguinte o Comando Geral refez a acusação e excluiu pela segunda fez com a alegação de que o Sgt havia desrespeitado um superior hierárquico, tudo isso no mesmo Conselho de Disciplina.

Vamos aguardar mais capitulos desta novela, pois pelo que se percebe irá durar mais algum tempo.

Tempo de Recordar - PM's paralizam serviços no Estado de SC

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ainda sobre o Plano de (des)Valorização da PMSC

O texto abaixo é de um companheiro de luta, um soldado como muitos outros que temos na PMSC, mas em poucas palavras externou a visão e o sentimento de uma grande maioria dos praças da PM de nosso estado onde os mesmos na verdade se sentem desvalorizados.

Após os acontecimentos no dia de hoje, cheguei a uma conclusao: estamos vivendo uma grave crise institucional.

De um lado todos os oficiais. Utlizando-se do poder estatal, da sua “discricionaridade” e de seus conhecimentos políticos para proveito próprio, ou como preferem dizer, em proveito da categoria. De outro lado, os praças. Segmento históricamente reprimido e recentemente pressionado, devido a manifestações por salário prometidos e não cumpridos por parte do governo. Praças que chegam a Assembléia com um nó na garganta. Muitos deles dispostos a matar ou morrer. Querendo não aprovar, nem que seja a força, um projeto que mais uma vez , não os beneficia igualitáriamente. Querendo berrar ao mundo que sua Associação é ainda a mais importante dos praças e da polícia militar .
Muitas coisas aconteceram. Oficiais entrando por locais onde praças não podem entrar. Praças tomando posições que oficiais nem ousavam se aproximar. Lembrando por vezes, em vários aspectos, um cenário de guerra. Oficiais deram de dedo em praças. Praças por sua vez, deram de dedo nos oficiais, lembrando-os que não estavam num quartel. Oficiais querendo se impor pela hierarquia. Praças querendo se impor pela força e maioria. Algumas vezes, tais diferenças quase acabaram em vias de fato.
E porque? Porque cada um queria sua parte no bolo, pouco recheado, que o governo preparou para a segurança publica. Só que com uma diferença: Quem estava brigando, pertencia a mesma categoria policial.
Esquecemos que, após isso tudo, voltaremos para a mesma caserna. Teremos que nos suportar e trabalhar juntos.
É povo. Estamos em uma crise institucional e será que só eu que percebi isso? Porque não houve briga entre os Policiais Civis durante a votação dos projetos da classe deles? Porque não houve briga entra diretores e professores? Ou ainda, entre enfermeiros e médicos? Que merda é essa de Hierarquia e Disciplina que serve para separar pessoas ao invés de responsabilidades? Será que seria tão ruim assim terem lutado por um projeto bom para todos?
Algo cheira ruim no ar. Será que vai ter que acontecer alguma tragédia? Alguem vai ter que morrer, matar ou suicidar-se??Para que coloquem a mão na consciencia e vejam que o poder é transitório. Que a vida é transitória.Tragédia esta que aliás, não está longe de acontecer. Nós próprios nos matamos. Ops.. se é que posso chamar praças e oficiais de nós.
Os professores foram embora.. a Assembléia ficou vazia. Apenas com Oficias, Praças e Deputados. O clima ficou tenso. Pareciam inimigos, esperando a decisão final, para ver quem ganhou a batalha..
Isso está certo?
Os praças coneguiram adiar. Os oficiais vão conseguir votar. A Guerra vai continuar. O Governo chamou todo mundo pra guerra. Só não esqueçam de uma coisa: os praças estão se preparado para ela a 174 anos.

Sd Goedert

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Imagens de indignação!!!




Praças da PMSC insatisfeitos com Plano de Valorização

Projeto discriminatório é aprovado pela Assembleia Legislativa

O projeto que pretende valorizar o policial militar, mas que cria ainda mais discriminação salarial entre praças e oficiais, foi aprovado na Assembleia Legislativa depois de intenso debate e manifestação contrária de praças e familiares. Dentre as dez emendas produzidas pelo deputado Sargento Amauri Soares, líder do PDT, apenas uma foi aprovada, após apresentação em destaque no Plenário. O texto aprovado vai permitir o ingresso na carreira dos praças nas instituições militares de todas áreas do conhecimento, de nível superior, de bacharelado ou licenciatura plena.

Contrários à aprovação do Projeto de Lei Complementar 27.7/2009 sem os ajustes, os deputados Soares, Angela Albino (PCdoB) e a bancada do PT se retiraram do Plenário. Eles foram acompanhados pelos aprasquianos que ocupavam as galerias, que saíram gritando "vergonha" . O placar da votação foi de 24 votos pela discriminação.

“Com essa votação, fica consolidado que o segundo mandato do governador LHS está representado por um caráter antidemocrático, subordinado aos interesses da oligarquia e incapaz de ouvir as vozes roucas das ruas”, avaliou o deputado. Para ele, com a aprovação do projeto, a motivação da grande maioria dos policiais e bombeiros “vai piorar ainda mais”. Como exemplo da divisão que o projeto vai criar, foi colocado uma corda nas galerias para separar os manifestantes praças de oficiais. “Daqui de baixo me dói ver companheiros honestos e trabalhadores esbarrando com a muralha da prepotência”, criticou Soares durante seu pronunciamento. O parlamentar citou a presença dos alunos soldados do Corpo de Bombeiros que foram escalados para estar na Assembleia Legislativa para dar impressão que o projeto tem amplo apoio.

Adiamento

Durante a apreciação do projeto na reunião das comissões conjuntas houve um apelo para adiamento feito pelos deputados Sargento Soares, Nilson Gonçalves (PSDB) e a bancada do PT. Gonçalves sugeriu ainda a criação de uma comissão formada por praças e oficiais para construir um consenso a fim de agradar todos os segmentos.

A bancada governista recusou a proposta.

O relator da matéria, deputado Marcos Vieira (PSDB), apresentou emenda para superar a briga entre os oficiais e delegados dando nova redação aos artigos 10 e 11, excluindo a palavra “exclusivamente” e apagando o parágrafo único do artigo10º.

Durante a votação das emendas em destaque no Plenário, apenas uma emenda foi aprovada por 31 votos unânimes. As outras nove emendas foram rejeitadas, mas ganharam os votos da oposição.

Entre as emendas rejeitadas, Sargento Soares lamentou a rejeição à que garantia a escala vertical do artigo 27 da Lei Complementar 254, na qual o maior salário deve ser até quatro vezes o menor. “Todos os discursos ufanistas de 2003, quando foi aprovada a Lei 254, estão sendo negados com a rejeição da emenda e atenta contra a própria decisão do Supremo Tribunal Federal que manteve o dispositivo”, argumentou o parlamentar. Outra emenda rejeitada foi a que permite a conversão de 100%, em dinheiro, de licença prêmio não gozada em função das necessidades do serviço público.

Alexandre Brandão, assessor de imprensa

Gabinete deputado Sargento Amauri Soares

(48) 3221-2640 e 9911-0272

www.sargentosoares.com.br / contato@sargentosoares.com.br

segunda-feira, 13 de julho de 2009

ATENÇÃO: ASSEMBLEIA GERAL DOS PRAÇAS, 15/07, NA CAPITAL

Para debater os projetos de origem do governo que tratam da reposição salarial e "valorização" profissional dos militares, a APRASC convoca todos os praças para participar de Assembleia Geral no dia 15 de julho. A grande reunião será às 8 horas, na Capital.

No mesmo dia, acontece na Assembleia Legislativa reunião conjunta das Comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Tributação, Segurança Pública e Trabalho. O objetivo é analisar os projetos: Projeto de Lei Complementar 27.7/2009, que institui critérios de "valorização profissional" para os militares estaduais; o Projeto de Lei Complementar 250.6/2009, que institui indenização por óbito ou invalidez permanente total ou parcia" aos servidores da Segurança Pública; e o Projeto de Lei Complementar 28.8/2009, que concede abono aos servidores da Segurança Pública. A tarde, o Plenario da Alesc vota todos os projetos.

A fim de melhorar o projeto, presidente da APRASC e deputado estadual, Sargento Amauri Soares, vai apresentar emendas aos projetos. De acordo com acordo dos líderes partidários, as emendas devem ser apresentadas até às 18 horas de 13 de julho (segunda-feira). A Assembleia dos Praças também vai ser importante para discutir e decidir o voto do deputado.

Vai ser um dia movimentado na Capital. O governo pretende trazer seus aliados e prepostos para pressionar pela aprovação integral, e sem emendas, de suas propostas, que até agora só discriminam a grande maioria dos praças, em detrimento aos oficiais. Entre em contato com o representante regional da APRASC e participe da Assembleia Geral. Se informe também pelo Fórum.

Assista, em vídeo, a mensagem do presidente da APRASC


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Avanço salarial será bastante ínfimo, afirma Sargento Soares

Em análise preliminar dos projetos de reajuste salarial e “valorização” dos policiais militares, encaminhado pelo governo do Estado, o deputado Sargento Amauri Soares considerou a proposta limitada. “A expectativa dos servidores da segurança pública, especialmente os praças, era de que os projetos trariam benefícios maiores. O avanço salarial será bastante ínfimo. Foram muitos fogos e muitas pompas para pouco avanço”, afirmou.

Sua crítica principal foi voltada ao Projeto de Lei Complementar 28.8/2009, que concede abono de R$ 300 para todos os servidores da segurança, parcelado em três vezes de R$ 100: a primeira parcela em agosto deste ano, a segunda em fevereiro do ano que vem e a última em agosto de 2010. “Isso indica que o governo já resolveu o a questão salarial até o final do mandato”, avaliou. Para o deputado, a concessão de abono para todos os funcionários uma simbologia: “o nível de pobreza está atingido todos servidores”.

O PLC 27.7/2009, que prevê a “valorização” dos militares, representa um reajuste, para a grande maioria, de apenas 7% para cabos e soldados e 5% para subtenentes e sargentos. No entanto, esse valor não vai ser somado ao soldo, mas pago através da criação de gratificação chamada de “indenização de valorização profissional do militar”. Para cada graduação de praça, essa porcentagem representa: soldado de 3ª Classe = R$ 65,66; soldado de 2ª Classe = R$ 70,91; soldado 1ª Classe = R$ 76,17; cabo = R$ 81,42; terceiro-sargento = R$ 73,16; segundo-sargento = R$ 78,79; primeiro-sargento = R$ 84,42; subtenente = R$ 95,68. Os outros benefícios, apontados no projeto, vão apenas beneficiar os comandantes de unidades, excluindo a grande maioria dos praças.

Com os dois projetos, o avanço salarial para a maioria dos praças será de apenas R$ 175, em média, agora para o mês de agosto. Outros R$ 100 só em fevereiro de 2010, e o último R$ 100 apenas seis meses depois, em agosto de 2010. “Isso significa que teremos uma média de ínfimos R$ 75 de incremento por ano ao longo de todo o segundo mandato e no último ano do primeiro mandato do governador Luiz Henrique da Silveira”, resumiu o deputado.

A Aprasc vai realizar assembléia dos praças, na manhã de quarta-feira (15), para discutir, tomar posição e definir o voto do deputado sobre os projetos. Antes disso, o deputado pretende encaminhar emendas a fim de melhorar os projetos até a segunda-feira (13), de acordo com o prazo definido na reunião conjunta das comissões.

Durante a manhã, cerca de 500 praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, vestidos com a camiseta da Aprasc, lotaram a galeria para assistir, voluntariamente, a reunião conjunta das comissões. Alguns militares, fardados, também estavam presente nas galerias durante horário de serviço, mediante escala. O deslocamento foi organizado pelos comandantes das instituições militares a fim de pressionar os parlamentares para fazer aprovar os projetos de origem governamental que tratam de reajuste salarial. Foram usadas viaturas oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, que ficaram estacionadas em locais proibidos e calçadas.

Alexandre Brandão, assessor de imprensa



Comandantes deslocam militares e viaturas para participar de ato na Alesc



Praças e oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram obrigados a participar de “manifestação” na Assembléia Legislativa durante horário de serviço, mediante escala, para assistir a reunião conjunta das Comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Tributação, Segurança Pública e Trabalho, Administração e Serviço Público. O deslocamento foi organizado pelos comandantes das instituições militares a fim de pressionar os parlamentares para fazer aprovar os projetos de origem governamental que tratam de reajuste salarial. Foram usadas viaturas oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, que ficaram estacionadas em locais proibidos e calçadas, praticamente fechando a entrada da Assembleia Legislativa.

Para a Grande Florianópolis, foi determinado um plano mínimo de atendimento. Policiais da 1ª Companhia do 4º Batalhão da PM e da Ronda Escolar, que cuidam do policiamento do Centro da Capital, foram retirados do serviço. Outras unidades, como 7º Batalhão (São José), que cedeu 20 PMs, 21º Batalhão (Norte da Ilha), 8º Batalhão (Joinville) e 22º Batalhão (Continente) também transferiram militares escalados. Viaturas e policias do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também participaram da manifestação sob ordem dos oficiais. Militares da Companhia de Guarda (CPGD), que fazem a vigia externa dos presídios e penitenciárias, foram retirados de suas posições para participar do evento.

Algumas unidades militares, como a Polícia Ambiental e o pessoal da área administrativa, participaram com 100% de seu efetivo. Todas as bases operacionais de Florianópolis ficaram fechadas. Da Academia da Polícia Militar, na Trindade, foram deslocados todos os alunos oficiais, chamados de cadetes, os oficiais que fazem o Curso Superior de Polícia e os praças que estão cursando o Curso de Aperfeiçoamento de Sargento.

Os militares, fardados, lotaram parte das galerias da Assembléia Legislativa. Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, vestidos com a camiseta da Aprasc, também lotaram outra parte da galeria para assistir, voluntariamente, a reunião.

A reunião conjunta começou às 10 horas. Por volta do meio-dia, os militares escalados se retiraram da galeria e voltaram ao trabalho, pois as comissões decidiram dilatar o prazo de tramitação dos projetos. Até a semana que vem, dia 13, os deputados vão poder apresentar emendas. A votação dos projetos vai acontecer na manhã de quarta-feira, 15 de junho, em reunião das quatro comissões, e, à tarde, em Plenário.

O deputado Sargento Amauri Soares lamentou o tempo curto de discussão dos projetos da segurança pública, que deveriam ter, de acordo com o Regimento da Alesc, 45 dias. “Infelizmente, o Legislativo está sendo atropelado pelo Poder Executivo. E não temos outra opção, com o risco de sermos acusados de ‘retranqueiros’. Mesmo lamentando vamos ter que concordar com o calendário e discutir todos projetos em uma semana”, criticou.

Veja mais fotos.

Alexandre Brandão, assessor de imprensa

Fonte:

http://www.sargentosoares.com.br/noticia.php?id=835

Finalmente, cumprida determinação da justiça.

Após ser publicado no dia de ontem no blog do Moacir Pereira de que o comando da PMSC não estava acatando uma determinação judicial, nesta quarta feira o Sgt Souza recebeu uma ligação do chefe do Departamento Pessoal da PM lhe informando que o mesmo deveria se apresentar na quinta feira para que seja feita a sua reintegração nas fileiras da corporação.

Reintegrado

O 2º sargento Luciano Luiz de Souza deve ser reintegrado amanhã aos quadros da Polícia Militar de Santa Catarina. Notícia dada pela diretoria da Aprasc, que acompanhará o ato. Souza foi reintegrado por decisão judicial, através de liminar do desembargador Luiz Fernando Boller, mas a polícia relutava em cumprir a medida do Tribunal de Justiça.

terça-feira, 7 de julho de 2009

DENUNCIA - JUSTIÇA DESRESPEITADA EM SC

A Associação dos Praça de Santa Catarina (Aprasc) está denunciando ato flagrante de desrespeito à decisão judicial. Relata:

"O 2° sargento Luciano Luiz de Souza foi expulso da PM por ter participado da greve do final de 2008. Entrou com ação e teve concedida liminar pelo Tribunal de Justiça, visando reintegração no dia 5 de junho. O comunicado foi expedido no dia 8 de junho. Como não foi cumprida a medida judicial, o desembargador Luiz Fernando Boller reiterou a decisão, exigindo que a Policia Militar cumprisse o mandado. O pedido foi reiterado dia 1° de julho. Até agora, não foi cumprida. É uma afronta".

Fonte:
Blog do Moacir Pereira