segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sgt Soares lança pré-candidatura a governador de SC

Durante assembléia da APRASC no dia 15 de maio, o deputado sargento Amauri Soares, apresentou sua sua pré-candidatura ao governo do estado e apresentou o seu manifesto aos praças da PM/BM de SC.


MANIFESTO AOS PRAÇAS, MEUS IRMÃOS DE FARDA

Como os companheiros e companheiras têm acompanhado, as discussões em torno das possíveis candidaturas ao Governo do Estado não nos trazem qualquer luz quanto ao futuro, e essa mesma indefinição aflige o conjunto dos servidores públicos e a maioria da nossa população, tão abandonada pelos sucessivos governos em termos de segurança pública, saúde pública e educação pública. Apesar de todo o sacrifício de milhares de servidores, as dificuldades para a prestação dos serviços têm sido ampliadas, pela falta de servidores, pela ausência de melhores condições materiais, pela política de privatização, terceirização e sucateamento do patrimônio e do serviço público, o que prejudica a maioria da população, que não tem meios materiais para pagar por estes serviços.

Para piorar o quadro, neste momento de indignação e de revolta, os grandes partidos têm buscado negociar nossas demandas sem sequer ouvir com a atenção devida as representações legítimas dos trabalhadores, o que pode ser exemplificado pelas agruras passadas pela APRASC e pelos aprasquianos nos últimos anos. Não posso me resignar com o fato de que estamos sendo usados como moeda de troca para interesses que sequer sabemos quais sejam.

Diante deste quadro de indefinição quanto ao futuro, coloco meu nome à disposição dos praças, dos servidores públicos em geral, das grandes massas de trabalhadores, dos pequenos agricultores, dos militantes do PDT, das pessoas livres de consciência, para concorrer ao cargo de governador do Estado de Santa Catarina.

Sei que a proposta pode provocar espanto, que muitos se preocupam com minha “carreira política”, com as nossas lutas futuras. Tais sentimentos são legítimos e até comoventes, mas afirmo mais uma vez que não tenho qualquer ambição de carreira política, que sou apenas uma ferramenta a serviço da nossa luta e de todas as lutas justas existentes no seio da nossa sociedade. Quanto a isso, acredito sinceramente que, se nos mantivermos unidos, prosseguiremos, e outro companheiro poderá ser eleito para o mandato de deputado estadual (sendo eu candidato à governador, vejo como nome mais adequado para a candidatura à deputado estadual, o do companheiro J. Costa). Aliás, a própria candidatura ao Governo do Estado pode ser um instrumento para superar o isolamento a que fomos submetidos por forças muito poderosas. Questões como a anistia, a realização mais veloz do plano de carreira, a organização da nossa política salarial (com o fim das discriminações) poderão ser resolvidas com mais facilidade se tivermos um candidato a governador.

Se o PDT aceitar nossa candidatura, a assumiremos com orgulho e entusiasmo, e precisaremos trabalhar para obtermos os melhores resultados possíveis. Fazer bonito em uma campanha é conseguir expressar uma linha coerente de pressupostos, construir um programa da forma mais democrática possível, ampliando até onde der o debate com os setores da sociedade interessados em mudanças, buscar o maior número de votos possível, de forma limpa e sem promessas mentirosas.

Nossa categoria, nascida do seio de setores populares que só sobrevivem pelo esforço do próprio trabalho, profissionais que dedicam suas vidas para defender a sociedade, presentes em todas as cidades catarinenses, trabalhando de dia e de noite quando todos os outros descansam, é estuário das maiores angústias do nosso povo. Somos, junto com os servidores da saúde, a braço fraterno nos momentos de maior desespero da nossa população, e isso nos torna uma categoria capaz de grande demonstração de generosidade. Nossa candidatura a governador, caso ela seja aceita pelo PDT, será mais uma demonstração de generosidade com todos aqueles que se sentem órfãos de um projeto popular, com todos aqueles que perderam a esperança na política justamente por estarem assistindo a generalização dos maus modos. Se dependemos da sociedade para termos o nosso salário, mesmo que parco, a sociedade depende de nós também para expressar sua vontade de ver outra forma de fazer política, sem compra de votos e de consciências, sem negociações às escuras, sem falcatruas com grupos empresarias que sempre assaltam o Estado para obterem seus lucros, nunca legítimos e nem sempre baseados na legalidade.

Continuaremos marchando, nos próximos meses, nos próximos anos e para o resto de nossas vidas. O objetivo final é a realização da justiça para todos, mas os exemplos de grandeza só podem ser percebidos, e mesmo construídos, no processo, ao longo da caminhada. É no processo que se forja o caráter e o conteúdo dos projetos e das pessoas que dele participam. É na experiência adquirida durante a marcha que aprendemos a resolver problemas, que forjamos a têmpera necessária para mudar as coisas, ao mesmo tempo em que vamos mudando a nós mesmos, para melhor.

Peço permissão a cada companheiro e a cada companheira para que aceitem essa deliberação, fruto de muito pensar, como nossa obrigação com o futuro que queremos construir, para nós e para todas as pessoas que nos cercam. Peço apoio para fazermos dessa tática uma política eivada de grandes exemplos de generosidade e de dedicação às atuais e às novas gerações. A dedicação e confiança que nos foi ofertada pela categoria até aqui (pela qual nunca teremos como pagar em gratidão) pode ser agora ampliada, abarcando outros setores sociais no mesmo processo de engrandecimento da política, para o bem do conjunto da população barriga verde. Seremos maiores amanhã, mesmo que seja um amanhã interrompido na convenção do PDT, terá sido válida a pré-disposição desinteressada.

Cada praça está convidado a participar ativamente deste processo. Os que não gostarem, provavelmente, serão os mesmos que não têm gostado de nada até aqui ou nos últimos tempos. Mas creio que mesmo muitos destes acabarão vindo juntos, arrastados pelo orgulho de poder fazer parte de uma luta que está muito para além dos interesses pessoais, uma luta onde o sacrifício pessoal é suplantado, com muita folga, pela alegria e pelo entusiasmo de ser protagonista de um projeto autêntico e livre de todas as formas enviesadas de pensar e de fazer política.

Agradeço a atenção e a confiança sempre depositadas, e dedico minha vida a esta causa. Este processo, que pode terminar com uma candidatura a governador do Estado, será apenas o início de uma nova etapa de acontecimentos, dos muitos que teremos que viver até alcançarmos a verdadeira e definitiva justiça. O mundo não vai acabar antes do final de junho, nem antes do mês de outubro, e teremos ainda muitas oportunidades nos anos vindouros para defender todos os nossos pressupostos. Sempre estaremos vivos e fortes se nos mantivermos unidos, e é a isso que conclamo todos os praças, à unidade!

“Saudações a quem tem Coragem!”


2º Sgt RR Amauri Soares
Deputado dos Praças e do Povo Catarinense

quarta-feira, 12 de maio de 2010

E o "Bico" na PMSC deve ou não deve ser legalizado.

Nota da APRASC sobre o tema "bico".

Ainda que escondido, sem chamada de capa e na edição de sábado, a RBS se dignou a divulgar, em partes, no DC, que APRASC, o delegado da Polícia Federal, Ildo Rosa, o promotor do Ministério Público Militar Estadual, Sidney Dalabrida e a Federação dos Vigilantes de Santa Catarina são contra a institucionalização do “bico” para policiais militares e civis.
Dalabrida enviou um artigo à imprensa dizendo que vai entrar na Justiça se a proposta de institucionalização for implementada. Argumentou que a função pública de um policial é inconciliável com a atividade de segurança privada. O promotor, também defendeu reajuste de salários para os policiais para evitar que a iniciativa privada compre o tempo livre dos trabalhadores em segurança pública.
O delegado de Segurança Privada da Polícia Federal (PF) em Santa Catarina, Ildo Rosa, se manifestou apontando ilegalidade na proposta do governador Leonel Pavan (PSDB). Citou a legislação vigente que controla a atividade de segurança privada como exemplo das legislações que seriam desrespeitadas com a institucionalização do “bico”. Também afirmou que não existe tempo ocioso entre os policiais, contrariando o que disse Pavan, que falou que os policiais trabalham um período e folgam três.
A matéria do DC ainda publicou que em manifesto, a Federação dos Vigilantes de Santa Catarina, que engloba 64 mil trabalhadores formais, repudiou a proposta do governador Pavan de privatizar também a segurança pública.
Por fim, a matéria editou e publicou, em partes, a posição da APRASC, nas últimas linhas da matéria. A primeira afirmação que colocaram é que a institucionalização do “bico” seria interessante para as empresas por ter um policial fardado à disposição. Divulgaram como se fosse uma coisa boa para a sociedade, enquanto é boa apenas para a classe dominante. Também divulgaram o nosso questionamento acerca do salário divulgado.
A APRASC entende como fundamental o posicionamento do Ministério Público, que manifestou-se de acordo como o interesse da sociedade e de forma direta compreendeu que a questão salarial é o ponto crucial da crise na Segurança Pública em SC. A APRASC parabeniza a postura ética e coerente do promotor Sidney Dalabrida, e desde já, se posiciona solidariamente aos desdobramentos que o tema venha a tomar.
A APRASC, na condição representativa dos trabalhadores da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, reforça que estipular o piso salarial digno é o primeiro passo no sentido de melhorar a Segurança Pública e reitera a disposição de dialogar para a melhoria da Segurança Pública catarinense.
Privatizar a Segurança Pública é o que acontecerá caso a institucionalização dos “bicos” venha a ocorrer. O Estado, por sua vez, enquanto não é resolvida a questão salarial tem por obrigação descriminalizar os profissionais que exercem atividades legais e paralelas a atividade de Segurança Pública.

O que diz o Promotor de Justiça Sidney Eloy Dalabrida

Diário Catarinense

É lamentável, em tempos em que a segurança pública constitui prioridade de Estado, quando se exige dos policiais um comprometimento ético com a função, quando se aguarda por medidas concretas voltadas à valorização da função com a implementação de reajustes nos seus vencimentos, que se fale em autorizar o policial a exercer atividade de segurança privada, a fazer um bico. Qualquer pessoa de mediana inteligência percebe que o exercício da função pública de policial é inconciliável com a atividade de segurança privada.

Eventual tentativa de compensar a baixa remuneração com a autorização dos “bicos” traduz um total amadorismo em relação ao setor.

O período de descanso constitui uma garantia mínima de que os policiais civis e militares, submetidos a estresse físico e psíquico constantes, poderão desempenhar a função pública de acordo com a expectativa social. Neste contexto, diante da dificuldade em reajustar seus vencimentos, comprar o seu descanso e pagar com dinheiro alheio, não só afronta elementares princípios constitucionais como fere a dignidade da pessoa humana, traduzindo-se, ainda, em uma medida de conteúdo ético indisfarçavelmente condenável.

A medida permitirá uma profusão de situações conflituosas, constituindo-se, ainda, numa porta aberta para o uso indevido de meios policiais em favor de alguns e em prejuízo do interesse público. E já se pode prever quais serão os maiores beneficiados com o recrutamento de policiais mal remunerados, quase sempre contratados para o exercício de atividades aparentemente lícitas: “bingueiros”, bicheiros e outros contraventores.

Pois bem, assim, para estes policiais não tardará muito para que a função pública de policial é que se tornará um “bico”!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mais uma vez no apagar das luzes os praças são discriminados.

Mais uma vez os praças foram descriminados, após aprovação do MP 169/2010, onde concedo um abono de R$ 2.000,00 para oficiais e R$ 250,00 para praças, e tudo isso(claro que uma forma irônica) parcelado em 3 vezes, em uma época que só nos interessava o reconhecimento, mas históricamente sempre foi desta forma, onde alguns insistem em nos ignorar e ficar jogando somente migalhas.

Quero aqui externar minha indignação e revolta, pois quem começou esta situação não mais esta no governo o deixou para pleitear uma vaga ao senado federal, espero que possamos dar o troco nas urnas em outubro e ver uma derrota com sabor de vitória.